Publicado em 31/05/2021 às 15:03, Atualizado em 31/05/2021 às 14:05
No caso do emprego na indústria, o IGDI utiliza o percentual de estabelecimentos que aumentaram o número de empregados
O IGDI (Índice Geral de Desempenho Industrial) de Mato Grosso do Sul, que foi criado pelo Radar Industrial da FIEMS e é calculado com base nas pesquisas de Confiança e Sondagem Industrial, alcançou em abril 55,1 pontos. Esse foi o melhor resultado já registrado para o mês, com crescimento de 16,6 pontos sobre abril de 2020 e de 7,9 pontos sobre a média histórica obtida para o mês.
Segundo o coordenador da Unidade de Economia, Estudos e Pesquisas da FIEMS, Ezequiel Resende, o levantamento apontou que 80% das empresas industriais do Estado reportaram estabilidade ou crescimento da produção. “Comparando com o mesmo mês do ano passado, essa participação foi superior em 32 pontos percentuais. Essa melhora também se refletiu na utilização média da capacidade instalada que, no mesmo comparativo, aumentou de 58% para 70% do total”.
O economista destacou que 75% dos empresários que responderam à pesquisa disseram que a utilização da capacidade instalada ficou igual ou acima do usual para o mês. “Já os índices de intenção de investimento e confiança seguiram em patamares positivos com 57,0 e 57,4 pontos, respectivamente. Por fim, com os dados consolidados constata-se que o IGDI permanece acima dos 50 pontos. Indicando que, na média geral, o nível de atividade industrial percebido pela maior parte dos empresários respondentes foi satisfatório no mês de abril”.
IGDI reflete a percepção do empresário em relação ao desempenho da indústria
O IGDI reflete a percepção do empresário em relação ao desempenho apresentado pela atividade industrial. “Na elaboração, foram selecionadas cinco variáveis - emprego, investimento, produção industrial, utilização da capacidade instalada e confiança – e todas com peso de 20% na composição do Índice”, detalhou o coordenador da Unidade de Economia, Estudos e Pesquisas da FIEMS.
No caso do emprego na indústria, o IGDI utiliza o percentual de estabelecimentos que aumentaram o número de empregados, enquanto na parte de investimento o Índice leva em consideração a intenção de investimentos para os próximos seis meses. Em relação à produção é usado o percentual de indústrias que reportaram estabilidade ou crescimento da quantidade produzida, no caso da utilização da capacidade instalada utiliza-se o percentual médio de uso da capacidade total de produção e da confiança a base é o ICEI (Índice de Confiança do Empresário Industrial).
O IGDI FIEMS contou com a avaliação, validação e auxílio técnico do professor-doutor Leandro Sauer, da Escola de Administração e Negócios e do Programa de Pós-Graduação em Administração (Mestrado e Doutorado) da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (ESAN/UFMS). “O professor é matemático com atuação na utilização de métodos quantitativos em economia e tem comprovada experiência na elaboração e uso de indicadores sintéticos”, reforçou o economista.