Publicado em 18/05/2015 às 15:45, Atualizado em 27/07/2016 às 11:23
Nova Notícias - Todo mundo lê
A desaceleração do desempenho da economia impulsionou o avanço das taxas de juros, que atingiram, neste ano, patamares recordes. O juro médio anual do cheque especial está em 242,23%, o maior desde dezembro de 1995, do cartão de crédito, em 345,84%, a taxa mais elevada desde março de 2011, e do empréstimo pessoal não consignado, em 104,49%, a segunda maior da série histórica do Banco Central.
Esse cenário decorre do aumento do rigor na liberação de crédito pelas instituições financeiras, que definem as taxas de juros a partir, sobretudo, do nível de risco de inadimplência, conforme explica o economista Hudson Garcia.
O crescimento do desemprego, o PIB [Produto Interno Bruto] baixo e a retração do consumo das famílias elevam o perigo de inadimplência. Isso faz com que os bancos aumentem os juros, afirma Garcia, acrescentando que, conforme a perspectiva das instituições financeiras, o retorno dos juros altos compensa o não recebimento pela parcela de inadimplentes. Essa é uma estratégia dos bancos para não comprometer o chamado spread bancário, que é a diferença entre o que pagam na captação de recursos no mercado e o que cobram dos seus clientes nas operações de crédito.
Fonte: Correio do Estado