Publicado em 19/05/2016 às 18:46, Atualizado em 27/07/2016 às 11:23
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A inadimplência do consumidor deve começar a recuar somente em 2018, devido, principalmente, ao desemprego e ao agravamento da crise econômica. O prognóstico é da Associação Nacional dos Birôs de Crédito (ANBC). O levantamento anterior, de dezembro, trazia a expectativa de que a queda viria já em 2017.
Em nota divulgada à imprensa a entidade destaca que, no primeiro trimestre, o desemprego da população chegou a 10,9% - no mesmo período de 2015, a taxa era de 7,9%. A renda média real, que também influencia a inadimplência, caiu 3,2% frente ao primeiro trimestre do ano passado.
Carta com AR
Para a ANBC, outro fator que pode atrasar a recuperação dos pagamentos em dia é a lei paulista nº 15.659/15, que substitui a carta simples, com aviso de postagem, pelo modelo com aviso de recebimento (AR) para o devedor. Mais demorada e custosa, a lei dificulta a negativação dos débitos atrasados nas empresas de proteção ao crédito, que são consultadas 500 mil vezes diariamente.
A associação argumenta que, sem informações atualizadas sobre o cliente, o credor pode não conceder empréstimos ou o faz com juros elevados que cubram o risco de ficar sem receber. De acordo com a ANBC, o crédito ao consumidor no Estado de São Paulo cresceu 2,5% entre setembro de 2015 e fevereiro de 2016, bem menos que o aumento de 3,5% nos demais Estados no mesmo período - e uma das causas seria a lei paulista.