A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) iniciou estudos para mudar a forma de cobrança aplicada aos consumidores de baixa tensão e tornar a Tarifa Branca o modelo padrão para quem consome mais de 1.000 kWh por mês.
A proposta, que mira cerca de 2,5 milhões de residências, comércios e pequenos serviços, busca incentivar o uso de energia fora do horário de pico e adequar o sistema à nova realidade elétrica do país. A mudança ocorre porque o atual modelo, com preço fixo ao longo do dia, já não reflete o custo real de geração.
Hoje, a Tarifa Branca está disponível para todos, mas apenas 0,1% dos 75 milhões de unidades aptas aderiram à modalidade. Entre os que migraram, houve redução média de 4,8% nas contas de luz. A Aneel avalia inverter a lógica e aplicar a cobrança variável automaticamente a quem ultrapassar o limite de consumo, mantendo a tarifa convencional apenas para os menores consumidores.
No novo formato, o medidor registrará o gasto em cada faixa horária. Durante 85% das horas do dia, chamadas de “cinza”, a tarifa será cerca de 14% mais barata. Já nos períodos “laranja” e “vermelho”, entre 18h e 21h, o preço será maior, pois o uso cresce e a oferta solar desaparece. O objetivo é permitir que o consumidor reorganize o uso de equipamentos como bombas de piscina, carregadores de veículos elétricos e ar-condicionado para horários mais baratos.
A Aneel afirma que a fatura pode aumentar se o consumo continuar concentrado no horário de pico, mas ressalta que a mudança cria condições para que o cliente adote novos hábitos e economize. O estudo será submetido à Consulta Pública, que permitirá contribuições de especialistas, distribuidoras e consumidores antes da definição final.
A implementação está prevista para 2026, com transição gradual conforme a substituição dos medidores. As distribuidoras serão responsáveis pela troca dos equipamentos e pela orientação aos clientes. Com informações do Campo Grande News.








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