Publicado em 04/03/2015 às 08:11, Atualizado em 27/07/2016 às 11:23
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A venda de veículos em Mato Grosso do Sul no mês de fevereiro foi 21,27% menor que em janeiro. Os dados são da Fenabrave (Federação Nacional de Distribuição de Veículos Automotores), que registra queda ainda maior em comparação a fevereiro do ano passado: 25,30%.
Em fevereiro deste ano, foram vendidos 1.851 veículos no Estado, frente aos 2.478 no mesmo período do ano passado. Já em janeiro deste ano, foram vendidos 2.351 veículos, perfazendo um total acumulado de 4.202 veículos, resultado 19,67% abaixo do ano anterior (5.231).
Por segmento, a venda de veículos de passeio caiu no mês passado: foram 1.049, o que representa 25,60% a menos que em janeiro. A comercialização de motocicletas também foi menor que no mês anterior, com queda de 15,34%. Já os veículos comerciais leves tiveram queda de 27,57% em fevereiro, passando de 301 em janeiro, para 218 em fevereiro.
De acordo com o presidente Fenabrave/MS, Cristiano Gionco, o desempenho do setor no mês de fevereiro sofreu influência do cenários político e econômico que vem desenhando e anunciando a crise no país: Quando o cenário está bom, o consumidor tem mais vontade de comprar; quando não está bom, ele se retrai. Nosso setor fica vulnerável, pois são bens de alto valor. Fevereiro sofreu o impacto dos noticiários desfavoráveis, amedrontando o consumidor, diz
Além disso, a queda de fevereiro se deve também ao desempenho acima do esperado registrado em janeiro, sobretudo pelo grande estoque de veículos sem IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados). Janeiro foi bom porque as montadoras faturaram muitos carros sem IPI no final de dezembro, e isso favoreceu o estoque, avalia Gionco.
Mas, para reverter os impactos que a crise anunciada provocou nos resultados de fevereiro, as montadoras, de acordo com o presidente da Fenabrave/MS, estão se movimentando não só para ajustar a produção à demanda, como também para gerar incentivos. Uma das principais estratégias em programação seria a adoção de juros subsidiados, com taxas mais atrativas, no sentido de estimular o consumo.