Publicado em 08/07/2021 às 11:15, Atualizado em 08/07/2021 às 12:16
De janeiro a junho deste ano, as vendas externas sul-mato-grossenses somaram US$ 3,52 bilhões
No primeiro semestre deste ano, as exportações de Mato Grosso do Sul tiveram alta de 15,46% em relação ao mesmo período de 2020.
O crescimento foi sentido em 11 dos 12 principais itens exportados, como soja, milho, carnes (bovina, suína, aves), açúcar, minério de ferro, dentre outros.
De janeiro a junho deste ano, as vendas externas sul-mato-grossenses somaram US$ 3,52 bilhões, enquanto o acumulado dos seis primeiros meses de 2020 foi de US$ 3,04 bilhões.
Dados da Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro) apontam que, ainda no primeiro semestre de 2021, o superávit registrado foi de US$ 2,4 bilhões, valor superior em 14,22% em relação ao resultado obtido no mesmo período do ano passado.
Em destaques na exportação, a soja do Estado representou 40,24% do total das vendas externas e a celulose 20,86% da pauta no período.
Houve crescimento em itens como a carne bovina (15,26%), a carne de aves (16,48%), carne suína (59,44%), açúcar (139,54%), minério de ferro (71,58%), milho em grão (194,82%), ferro-gusa e ferroligas (48,85%) e derivados da soja (50,6%), que estão em alta no mercado internacional.
A China permanece como principal destino das exportações com 50,71% dos valores exportados e Três Lagoas como o principal município exportador de produtos, com 36,03%.
Segundo o titular da Semagro, Jaime Verruck, o resultado positivo no saldo de exportações é em grande parte, resultado da venda das proteínas animais.
“Onze dos doze principais produtos da nossa balança comercial registraram crescimento e quero ressaltar uma cadeia importante, que é a cadeia das proteínas animais. Estamos falando da carne de aves, carne suína e carne bovina. Essas três cadeias têm apresentado resultados excepcionais e esse desempenho é decorrente da nossa lógica de desenvolvimento para o Estado, pois nós conseguimos transformar a proteína vegetal em proteína animal”, frisou Verruck.
Dos doze principais itens da pauta de exportações sul-mato-grossense, a celulose foi o único que apresentou queda no primeiro semestre (-18,35%), em relação ao mesmo período do ano passado.
“Nós tivemos uma retração das exportações de celulose em relação ao ano passado, mas uma redução sem um comprometimento muito grande, porque decorre essencialmente da queda dos preços internacionais”, pontuou o secretário.
Em relação aos produtos importados, Mato Grosso do Sul continua com a pauta concentrada na importação de gás boliviano, com aumento de 16,16% no volume do combustível comprado da Bolívia no primeiro semestre de 2021 em relação ao mesmo período do ano passado.
Esse fator, conforme o titular da Semagro, “está diretamente vinculado ao problema da crise hídrica e dos riscos que nós temos na geração de energia no país. Consequentemente, o aumento na importação do gás se dá para atender as termoelétricas, lembrando que essa é uma energia mais cara. A gente acredita que, em função da crise hídrica, que deve demorar um pouco para ser resolvida, a gente vai ter nos próximos meses ainda, uma evolução da balança comercial na aquisição de gás natural”, finalizou Verruck.
Fonte - Correio do Estado