Publicado em 14/07/2012 às 13:42, Atualizado em 27/07/2016 às 11:23
Nova Notícias - Todo mundo lê
Em 20 dias, o preço mínimo da gasolina para o consumidor deu um salto de R$ 0,21 em Mato Grosso do Sul, segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). O litro do combustível, que podia ser encontrado a R$ 2,469, hoje não custa menos do que R$ 2,679 no Estado (+8,5%). E porque isso ocorreu? Ninguém sabe explicar ao certo, mas sabe-se que a alta foi exclusivamente nos postos de abastecimento - não há ligação com nenhum anúncio oficial do governo, nem mesmo com problemas de produção.
Nas distribuidoras, a gasolina ficou até mais barata, cerca de R$ 0,02, caiu de no mínimo R$ 2,30 para R$ 2,28 no mesmo período. O cenário, segundo o Sindicato dos Revendedores de Combustíveis e Lubrificantes do Estado (Sinpetro-MS), pode ser resultado de duas situações: o repasse de custos operacionais e um enquadramento no cenário nacional, mas a entidade não arrisca afirmar nem uma nem outra como fator decisivo da alta. Tivemos um aumento nos salários e benefícios dos trabalhadores na ordem de 10% em maio, que nem todos haviam repassado por causa da concorrência. A concorrência ainda nos deixou com um preço fora da realidade nos últimos meses - para se ter uma ideia, há cerca de um ano Campo Grande tinha a menor cotação entre as capitais, e isso também pode ter influenciado, explica o diretor de comunicação Marcos Villalba.
Na Capital, a gasolina saiu da mínima de R$ 2,55 para R$ 2,67 (+4,7%). A média está em R$ 2,80, mas há postos vendendo o combustível por até R$ 2,89. Antônio Marcos Vieira, chefe de pista do Auto Posto Metrópole, também diz que a disparada nas últimas três semanas está ligada aos repasses que ainda não haviam sido feitos, mas não de custos operacionais, e sim de altas das distribuidoras. Por causa da concorrência muita gente vinha segurando os preços há um bom tempo. Alguns também podem ter subido um pouco mais se baseando numa alta anunciada pelo governo na semana passada. Mas esse aumento seria compensado por uma queda nos impostos e não deveria refletir no bolso do consumidor, explica.