Publicado em 18/07/2015 às 16:00, Atualizado em 27/07/2016 às 11:23
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A crise no segmento dos frigoríficos em Mato Grosso do Sul já é refletida no bolso do consumidor. Com 14 unidades fechadas desde o fim do ano passado devido a pouca disponibilidade de matéria-prima, baixa produção e monopólio de mercado, o preço da carne que chega ao varejo do Estado é, em média, 21,6% superior ao valor praticado no mesmo período do ano passado - majoração duas vezes maior que a valorização do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumulado nos últimos 12 meses - de 8,89%.
De acordo com levantamento do Núcleo de Estudos e Pesquisas Econômicas e Sociais (Nepes) da Universidade Anhanguera-Uniderp, os cortes bovinos que foram mais inflacionados em julho, comparados aos mesmo mês de 2014, foram o quilo do fígado (42,54%), da costela ripa (34,52%) e da picanha (31,05%). Outras peças que também sofreram majoração significativa foram o acém/agulha (29,45%), o músculo (27,80%) e o patinho (23,76%). Já o quilo do cupim (4,14%), da alcatra (5,47%) e do contra filé (15,03%) foram os que tiveram menor alta.
Na comparação entre os preços praticados em janeiro do ano corrente, o valor médio da carne em Mato Grosso do Sul está 10,5% mais caro. O percentual, por sua vez, supera o IPCA acumulado em 2015 que, até o momento, sofreu valorização de 6,17% - maior taxa para o período de janeiro a junho desde 2003, quando o índice acumulava alta de 6,64%.