Crise atual é mais difícil de superar que a de 2008, diz economista da CNI

O economista  Flávio Castelo Branco, gerente de Política Econômica da Confederação Nacional da Indústria (CNI), disse ontem (1°) que superar a crise econômica atual será mais difícil que em 2008. Segundo ele, a de 2008 foi uma crise externa do setor financeiro internacional, "que repercutiu fortemente aqui com problemas de liquidez".

De acordo com o economista, as ações de política econômica acabaram revertendo. "Hoje é diferente. Temos uma crise doméstica de natureza fiscal, junto a dificuldades de competitividade."

Castelo Branco falou sobre o assunto ao comentar os indicadores industriais de outubro, divulgados nesta terça-feira pela CNI. Os dados coletados pela entidade mostram queda no faturamento, emprego, horas trabalhadas e massa salarial na comparação com 2013 e 2014. Para o gerente da CNI, o fato de o governo ter mantido os gastos em alta e não ter solucionado a questão da competitividade no país contribuiu para a crise econômica de 2015.