Nem a Expogrande, que acontece na Capital entre os dias 7 e 17 de abril, escapou da crise econômica. Comerciantes que estão com estande na 78ª edição da maior feira agropecuária do Estado, no Parque de Exposições Laucídio Coelho, reclamaram de queda nas vendas e menor visitação neste ano.
Pra quem resolveu apostar em um estande na feira que é tradição na cidade, o investimento foi alto, cerca de R$ 30 mil, segundo um comerciante. Mas, as vendas não estão agradando aos lojistas. O número de comerciantes que locaram um estande está menor, e há espaços vazios entre os estandes.
De acordo com a Acrissul (Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul), entidade organizadora da exposição, ainda não foi levantada a quantidade de visitantes, mas os comerciantes afirmaram à equipe de reportagem do Jornal Midiamax que houve uma diminuição no público, uma vez que o movimento e a procura pelos produtos nos estandes foi menor.A venda de moveis artesanais e produtos feitos de madeira, segundo o empresário campo-grandense conhecido como Mandu diminuiu cerca de 50% neste ano. Mas, ele tem um jeitinho para garantir os negócios. Minha estratégia é negociar, conversar com o cliente, abaixar o preço. A gente percebe que este ano está mais difícil, o povo quer, mas não pode levar, ressalva.
Na outra ponta, os ambulantes estão trabalhando com dificuldade para manter as vendas do ano passado. Para a vendedora Roseli Borges, as vendas vêm diminuindo há desde o ano passado.
A vendedora Alexandra da Silva disse que as vendas estão fracas, e já vê uma diminuição de 50%. Tem dias que a gente esperava que fosse melhor, mas ainda sim está complicado conseguir vender neste ano.
A crise e a necessidade de sair do sufoco fez a atendente de farmácia Jesuína de Santa Ana vender cerveja na Expogrande. A gente veio para garantir um extra mesmo, porque não está nada fácil se manter neste ano. Espero vender muito mais até o fim da exposição, porque os primeiros dias não foram bom, disse ela.