Publicado em 23/03/2016 às 07:00, Atualizado em 27/07/2016 às 11:23
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O Brasil fechou 104.582 vagas com carteira assinada em fevereiro, segundo dados do Ministério do Trabalho divulgados nesta terça-feira (22). É pior resultado para fevereiro em 25 anos, desde o início da série histórica, em 1992.
Foi o décimo primeiro mês seguido de cortes. A última vez que o país teve saldo positivo foi em março do ano passado (19,3 mil). No acumulado dos doze meses até fevereiro, são 1,71 milhão de postos de trabalho a menos.
Em janeiro, o país tinha cortado 99.694 vagas com carteira. Em todo o ano de 2015, foram 1,5 milhão de vagas a menos, em média.
Os dados fazem parte do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados). O número de empregos cortados é o saldo, ou seja, o total de demissões menos o de contratações no período. Em fevereiro, foram 1.276.620 contratações e 1.381.202 demissões.
Dos oito setores da economia, segundo a divisão do Ministério do Trabalho, o comércio teve o pior resultado.
Entre os Estados mais o Distrito Federal, apenas seis abriram vagas em janeiro: Rio Grande do Sul (6.070), Santa Catarina (4.793), Mato Grosso (3.683), Goiás (2.327) Mato Grosso do Sul (1.124) e Tocantins (88).
O maior número de vagas fechadas foi no Rio de Janeiro (22.287, queda de 0,6%). A maior variação foi em Alagoas, com queda de 2,72% no emprego, ou 10.085 vagas a menos.
São Paulo 22.110, queda de 0,18%, e Pernambuco cortou 15.874, queda de 1,22%.
Por regiões, a Nordeste foi a que teve a maior variação no número de vagas, caindo 0,89%, e a que mais fechou vagas, em números absolutos (58.349 vagas a menos). O Sul e o Centro-Oeste abriram postos de trabalho:
Os dados divulgados hoje pelo Ministério do Trabalho consideram apenas os empregos com carteira assinada.
Existem outros números sobre desemprego apresentados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), que são mais amplos, pois levam em conta todos os trabalhadores, com ou sem carteira.
A Pesquisa Mensal de Emprego (PME) do IBGE mostrou que o desemprego nas seis principais regiões metropolitanas do país foi de 7,6% em janeiro. O dado de fevereiro será divulgado amanhã.
A última Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua mensal registrou que o Brasil fechou 2015 com 8,6 milhões de desempregados, em média, o que representa um aumento de 27,4% na comparação com 2014, quando eram 6,7 milhões.