Publicado em 27/08/2019 às 14:46, Atualizado em 27/08/2019 às 16:02
O Índice de Confiança do Empresário Industrial de Mato Grosso do Sul (ICEI/MS) alcançou em agosto 61 pontos contra 61,3 pontos no mês anterior.
O número de estabelecimentos com aumento na produção em Mato Grosso do Sul cresceu em julho, porém, a atividade segue estável na maior parte das empresas. No referido mês, 51,4% das empresas industriais sul-mato-grossenses apresentaram estabilidade na produção, no mês anterior esse resultado era de 54,2%, de acordo com a Sondagem Industrial realizada pelo Radar Industrial da Fiems junto a 70 empresas no período de 1º a 13 de agosto.
Já as empresas que apresentaram aumento responderam por 31,4% do total, contra 13,9% no último levantamento, indicando uma melhora no ritmo da atividade industrial na passagem entre os meses de junho e julho. “Esse desempenho se refletiu no índice de avaliação da produção que, no período analisado, avançou 9,5 pontos”, detalhou o coordenador da Unidade de Economia, Estudos e Pesquisas da Fiems, Ezequiel Resende.
Ele explica que a ociosidade diminuiu, mas ainda segue em patamar elevado, com julho apresentando, na média, uma inatividade na indústria sul-mato-grossense de 27% contra 29% no mês anterior. “Já o índice de utilização da capacidade instalada fechou o mês em 47,8 pontos, ficando 5,5 pontos acima do último levantamento. Porém, resultados abaixo dos 50 pontos indicam que o desempenho foi inferior ao que era esperado para o período”, relatou, reforçando que, em julho, a utilização da capacidade instalada ficou abaixo do usual para 28,5% dos respondentes, igual ao usual para 55,7% e acima para 15,7%.
Expectativas
Com relação ao índice de expectativa do empresário industrial, Ezequiel Resende detalha que, em agosto, 38,6% das empresas responderam que esperam aumento na demanda por seus produtos nos próximos seis meses, enquanto, por outro lado, para o mesmo período, 14,3% preveem queda e as empresas que acreditam que o nível de demanda se manterá estável responderam por 47,1% do total.
Ainda em agosto, 21,4% das empresas responderam que esperam aumentar o número de empregados, enquanto 7,1% apontaram que esse número deve cair e 71,4% responderam que esperam manter o quadro de funcionários estável. Em relação às exportações, 7,1% das empresas respondentes disseram esperar aumento, enquanto 2,9% acreditam que deva ocorrer queda, 21,4% preveem estabilidade e 65,7% das empresas disseram que não exportam.
Sobre a intenção de investimento recua na passagem de julho para agosto, o índice de intenção de investimento do empresário industrial ficou em 55,2 pontos, contra 58,5 pontos no mês anterior. “O resultado foi influenciado, em boa medida, pelo recuo na participação das empresas que provavelmente farão investimentos nos próximos seis meses, que caiu 48,6% para 44,3% do total. Vale destacar também o aumento ocorrido na participação das empresas que disseram que definitivamente não vão investir nesse período, que saiu de 2,8% para 7,1%”, Ezequiel Resende.
ICEI
O Índice de Confiança do Empresário Industrial de Mato Grosso do Sul (ICEI/MS) alcançou em agosto 61 pontos contra 61,3 pontos no mês anterior, contudo, o atual resultado encontra-se 6,4 pontos acima do anotado em agosto do ano passado e 7,2 pontos acima da média histórica registrada para o mês. Em agosto, 7,1% dos respondentes consideraram que as condições atuais da economia brasileira pioraram, no caso da economia estadual, a piora foi apontada por 10,0% dos participantes e, com relação à própria empresa, as condições atuais também estão piores para 8,5% dos respondentes.
Além disso, conforme o coordenador da Unidade de Economia, Estudos e Pesquisas da Fiems, para 57,1% dos empresários não houve alteração nas condições atuais da economia brasileira, sendo que em relação à economia sul-mato-grossense esse percentual foi de 65,7% e, a respeito da própria empresa, o número também chegou a 57,1%. “Para 28,6% dos empresários as condições atuais da economia brasileira melhoraram”, declarou.
Já em relação à economia estadual esse percentual chegou a 15,7% e, no caso da própria empresa, o resultado foi de 25,7%. “Os que não fizeram qualquer tipo de avaliação das condições atuais da economia brasileira, estadual e do desempenho da própria empresa responderam por 7,1%, 8,6% e 8,6%, respectivamente”, finalizou o economista.