Publicado em 12/03/2017 às 13:02, Atualizado em 12/03/2017 às 14:00

TV não tem reposição para os bons apresentadores que passaram por ela

Marília Gabriela e o Jô.

Redação,
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Foto: Ramon Vasconcelos

Silveira Sampaio, médico, jornalista e dramaturgo, considerado o precursor do talk show no Brasil, não recebia convidados na TV Rio, mas fazia comentários e simulava telefonemas para as principais personalidades políticas de então.

Estamos falando da televisão lá do início, anos 1950 e poucos. Só começou a fazer também entrevistas em São Paulo, quando se viu forçado a mudar por causa da perseguição de Carlos Lacerda.

O bordão "Carlos, meu filho, não faça isso", com a sua maneira jocosa de ser, causando irritação no governador, entrou para a história da televisão. Passou primeiro na TV Paulista e depois na Record, tendo em sua equipe o jovem Jô Soares, encarregado de fazer as externas e as internacionais.

Depois dele, Silveira, usando o mesmo gancho do telefone, Ferreira Netto criou o "Alô, Léo", provocação a Silvio Santos que assim chamava seu irmão para premiar os compradores do "Baú". Mas o Ferreira se especializou mais em fazer entrevistas e realizar debates políticos, ainda durante o Regime Militar.

Marília Gabriela e o Jô se juntaram a ele tempos depois. Todos, como principal virtude, grandes formadores de opinião.

Hoje, ao buscarmos os seus sucessores, encontramos um grande vazio. Neste campo de atuação ninguém mais surgiu depois deles.

Fonte - UOL