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02/07/2019 às 09:00, Atualizado em 02/07/2019 às 09:34

Simted Nova Andradina apoia movimento contra fechamento da Escola Estadual Padre Anchieta

Sindicato participou da reunião com professores e administrativos da escola para definir estratégias de mobilização da comunidade escolar e lideranças políticas.

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Divulgação

Direção, pais, professores e administrativos da Escola Estadual Padre Anchieta de Nova Andradina se reuniram nesta segunda-feira (01) para discutir estratégias de mobilização contra uma possível municipalização ou fechamento da unidade escolar a partir de 2020.

A Secretaria Estadual de Educação teria anunciado uma lista com 12 escolas estaduais do interior do Estado que seriam fechadas, devido ao reordenamento de vagas e corte de gastos e, esse estabelecimento de ensino, seria um dos atingidos por essas medidas.

A informação pegou a todos de surpresa e, mesmo em período de férias escolares, todos os trabalhadores se reuniram para definir estratégias para mobilizar a comunidade escolar e lideranças políticas com o objetivo de impedir que isso se torne realidade. Protestos, abaixo-assinado, mobilizações e outras ações deverão ocorrer a partir deste mês.

A Escola Estadual Padre Anchieta tem 45 anos de existência e um legado educacional na comunidade. São 280 alunos matriculados no ensino fundamental 1 (1° ao 5°ano) e 6°ao 9°ano. Conforme a diretora, Ediana Milhorança, a municipalização ou fechamento poderá levar a um número maior de alunos por sala de aula, pois os alunos serão transferidos para outras escolas, tornando salas superlotadas, prejudicando a qualidade do ensino ofertado. Além disso, professores temporários e funcionários terceirizados serão demitidos. Já os profissionais efetivos serão transferidos para outras unidades.

“Somos uma escola de pequeno porte, mas todas as salas de aula estão ocupadas. Querem acabar com uma história de quase meio século de trabalho em prol da educação, mas não vamos ficar parados, de braços cruzados. Vamos à luta”, comentou a educadora.

Professores também se manifestaram durante a reunião. “Não é um movimento partidário, estamos defendendo o nosso pão de cada dia. A Escola tem a confiança da comunidade. Se precisar vamos as ruas, vamos bater na porta da governadoria, mas não podemos deixar isso acontecer”, alegou uma docente, que preferiu não se identificar.

A professora Katia Cilene Gonçalves Marinho Ramos representou o Simted na reunião e manifestou a posição do Sindicato diante da situação. “A escola tem função social e o fechamento tem que ser discutido com a sociedade. O governo estadual quer se livrar da suas responsabilidades, quer cortar gastos onde não pode. Somos contrários a municipalização e ao fechamento de unidades escolares”, defendeu a secretária ética-juridica do Simted.

E completou: “Acreditamos no movimento das classes, na união de professores, alunos, pais e da comunidade como um todo. Juntos, vamos em busca de apoio político para defender a Padre Anchieta”, afirmou Katia.

Entre as propostas já definidas estão a sensibilização de vereadores e deputados a fim de solicitar apoio dos parlamentares, mobilização por meio de atos públicos na área central e bairros, realização de um abaixo-assinado para requerer a permanência da escola que se destaca pela excelência no ensino ofertado aos seus alunos e credibilidade junto aos pais e responsáveis, apresentando um avanço no IDEB, entre outras estratégias que serão intensificadas após a volta às aulas.

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