Publicado em 22/09/2016 às 10:00, Atualizado em 22/09/2016 às 10:00
A Embrapa detém tanto tecnologia como conhecimento de clima e outras características produtivas.
O setor produtivo da região sul de Mato Grosso do Sul se reuniu na última na terça-feira (20) na Embrapa Agropecuária Oeste em Dourados, para realizar a validação das informações que farão parte do Zarc (Zoneamento Agrícola de Risco Climático). Instrumento técnico-científico de política agrícola e de gestão de riscos na agricultura.
As informações coletadas durante a reunião serão analisadas e submetidas ao Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), responsável pela publicação da versão final do zoneamento no Diário Oficial. E o trabalho de validação está sendo feito em relação a definição da viabilidade técnica da safra de milho 2017 e da safra de soja 2017/18.
Para o Superintendente Federal do Mapa no Estado, Celso de Souza Martins, essa é uma etapa inédita na metodologia de realização do Zarc e que antecede a publicação no Diário Oficial. "O setor produtivo tem a oportunidade de sugerir alterações e formas de apresentação dos resultados".
A participação de instituições representativas do setor produtivo do Sul do Estado na reunião contribuiu para refinar as informações de modo a melhor adequá-las à realidade climática do campo e caracteriza-se como um momento inédito e um importante passo para melhorias no ZARC da região.
"A passagem da responsabilidade de atualização das informações do ZARC como uma das atribuições da Embrapa significa um avanço muito grande para a região. A Embrapa detém tanto tecnologia como conhecimento de clima e outras características produtivas das principais culturas do Estado. Esse foi um importante momento de aproximação entre a realidade e a potencialidade produtiva das cultivares nas diferentes regiões do MS", disse Celso Martins.
Já o pesquisador da Embrapa Agropecuária Oeste, Carlos Ricardo Fietz, comenta que a coordenação desse trabalho nacional está sendo feita pela Embrapa Informática Agropecuária em Campinas (SP). Ela conta com a participação de diversas Unidades da Embrapa e sugestões do grupo irá fazer a avaliação da pertinência ou não das mesmas.
Zarc é uma ferramenta muito útil e dinâmica, segundo Fietz. "O Zarc é uma ferramenta de análise e como tal necessita de atualização constante, inclusive com a inserção de parâmetros de novas cultivares, com ciclos e comportamentos diferentes culturas e variedades. Não é estática e nunca vai ficar pronta, demanda pesquisas e atualizações constantes", explica Fietz.
O pesquisador destaca ainda que leva em consideração, de forma ampla, inúmeros aspectos regionais, tais como: variabilidade climática, solo, características ecofisiológicas da culturas e quantificação do risco de cada época de semeadura para cada região.
Fonte - Campograndenews