Em pouco mais de dois meses de 2025, seis mulheres foram mortas por companheiros em Mato Grosso do Sul e a repercussão dos casos tem feito disparar os pedidos de ajuda. Só em 2025, o Aciesp (Instituto de Apoio, Capacitação, Instrução e Economia Solidária do Povo) acolheu 250 vítimas de violência doméstica no Estado.
A presidente do Instituto, Ceureci Ramos, afirma que viu a demanda aumentar muito este ano e atrela isso a repercussão dos casos de feminicídio. Ela afirma que mais mulheres têm buscado ajuda para sair de relacionamentos abusivos, ao ver casos que chegaram a feminicídios.
“Antes elas queriam mudar os homens, agora elas querem mudar a vida delas. Chegam dizendo ‘é exatamente assim que meu marido fala’ e acho que isso tem despertado ajuda, a entender que sofre violência e precisa de ajuda para sair”, afirma Ceureci.
O Aciesp existe há 11 anos e, além do abrigo, conta com atendimento psicológico, consulta com advogados e cursos profissionalizantes, que ajudam a mulher a sair de relacionamentos abusivos. Em todo o ano passado, a instituição atendeu pelo menos 370 mulheres no Estado.
Ajuda para continuar
A instituição não tem fins lucrativos e depende de doações para funcionar. Com o aumento exponencial da demanda, precisa de ajuda para manter e ampliar os atendimentos a vítimas de violência doméstica.
“Nós solicitamos uma emenda coletiva, justamente para que todos possam ajudar com o mínimo. Os que não puderem contribuir, convidamos para vir conhecer o instituto, ver como as vítimas chegam e todo trabalho de resgate as vidas e quebra do ciclo da violência e dos casos de feminicídio”, explica Ceureci Ramos.
Mais informações podem ser obtidas pelo telefone 67 99220-2525.
Feminicídios registrados até 1º de março em MS
Karina Corim (Caarapó) – 4 de fevereiro
Vanessa Ricarte (Campo Grande) – 12 de fevereiro
Juliana Domingues (Dourados) – 18 de fevereiro
Mirielle dos Santos (Água Clara) – 22 de fevereiro
Emiliana Mendes (Juti) – 24 de fevereiro
Gisele Cristina Oliskowiski (Campo Grande) – 1º de março.
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