A integração entre conteúdos de disciplinas da base comum e específicas do curso técnico integrado em Agropecuária é tema de um projeto de ensino desenvolvido no Campus Nova Andradina do Instituto Federal de Mato Grosso do Sul (IFMS).
Divididos em grupos, os estudantes do 6º semestre fazem atividades em conjunto que envolvem conhecimentos de Administração e Economia Rural, Bovinocultura de Leite, Empreendedorismo, Extensão e Desenvolvimento Rural, Língua Portuguesa e Silvicultura.
Os primeiros resultados da ação foram apresentados no I Seminário de Disciplinas Integradas. Os grupos realizaram apresentações multidisciplinares a partir de tópicos do projeto.
As atividades do projeto ocorrem durante as aulas reservadas às disciplinas. Entre os tópicos abordados estão perfil de propriedade e produtores rurais da região, construção de planos de negócios a partir dos princípios do cooperativismo, identificação de demandas do mercado e produção de plantas exóticas e nativas, entre outros.
“Os tópicos integram conhecimentos de todas as disciplinas. Os estudantes pesquisam, planejam, produzem e compartilham material em redes sociais, e realizam visitas de campo”, explica a professora do Campus Nova Andradina, Azenaide Vieira, idealizadora do projeto desenvolvido desde agosto.
Ideia – O projeto “Disciplinas Integradas IFMS Campus Nova Andradina” surgiu a partir da experiência que a professora teve na Finlândia este ano, quando participou do Programa Professores para o Futuro, do Ministério da Educação (MEC).
Atualmente, participam do projeto 36 estudantes e seis professores do campus. Entre os aspectos norteadores das atividades estão a colaboração, integração e cooperação para o trabalho em grupo e autonomia dos estudantes na construção do conhecimento por meio da metodologia ativa, cujo objetivo é tornar o discente o agente da aprendizagem.
Na preparação para o seminário, os participantes visitaram o assentamento Santa Olga, na zona rural de Nova Andradina. O professor Pedro Camargo destaca que uma das propostas é a aplicação dos conteúdos apresentados.
“Solicitamos que cada grupo elaborasse um diagnóstico com base no que foi verificado na visita, com uma proposta de ação. A partir da discussão feita no seminário, daremos os próximos passos como a definição da aplicação das propostas”.
No desenvolvimento do projeto, os estudantes se depararam com uma nova forma de trabalho. “Todas as decisões são tomadas em grupo. Passamos a lidar com a necessidade de nos entendermos e convivermos em grupo, para que as atividades possam ocorrer conforme o esperado”, afirma o estudante Edivaldo de Souza.
Durante as atividades, os grupos tiveram liberdade para se reunir no local do campus que melhor se adequasse às necessidades e a consultar fontes diversas de conteúdo. Os professores prestavam atendimento para tirar dúvidas e orientar os trabalhos. Também foi abordado uso de ferramentas para produção de áudio, vídeo e apresentações gráficas.
Além da metodologia inovadora, a visita de campo também foi importante para Edivaldo e seu grupo. “Observamos a realidade dos pequenos produtores, principalmente no que diz respeito à ausência de assistência técnica e de conhecimento em alguns casos, o que nos levou a elaborar uma proposta que fosse, ao mesmo tempo, viável e sustentável”, conclui.
Avaliação – É feita por meio de competências como colaboração, interação e cooperação no grupo, aspectos linguísticos e conhecimento sobre um tópico livre ou multidisciplinar.
Todas as atividades são feitas em grupo. “Incentivamos a colaboração e o senso de comprometimento. Cada professor é responsável em orientar um grupo. Os encontros são feitos periodicamente. Também utilizamos aplicativos para mensagens instantâneas como suporte de orientações individualizadas”, acrescenta Azenaide.
O projeto segue até o mês de dezembro. Parte do conteúdo produzido pelos estudantes pode ser lido no blog Disciplinas Integradas: www.agro6-disciplinasintegradas.blogspot.com.br.
Fonte - Assessoria
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