Publicado em 12/04/2017 às 16:32, Atualizado em 12/04/2017 às 14:34

Paralisação de duplicação da BR-163 deve gerar 1,5 mil demissões

Apesar da paralisação, a cobrança dos pedágios nas estradas vão continuar.

Redação,
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Divulgação

A paralisação das obras de duplicação da BR-163 deve gerar de imediato o fechamento de 1.500 empregos diretos, segundo estimativa do Sinticop (Sindicato dos Trabalhadores na Construção Pesada de Mato Grosso do Sul).

"Já fomos comunicados por algumas empresas que haverá dispensa em massa. A CCR MS Via só vai manter os funcionários que fazem a manutenção da rodovia, em torno de 200 pessoas", afirma Walter Vieira dos Santos, presidente do sindicato.

O anúncio da paralisação foi feito nesta quarta-feira (12) após a concessionária protocolar revisão de contrato com a ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres), veja aqui.

As principais reivindicações são a volta de condições normais de financiamento e regularização de licenças ambientais. A CCR também alega redução de 35% na arrecadação de pedágio para o pedido realizado.

Apesar da paralisação, a cobrança dos pedágios nas estradas vão continuar. Em Mato Grosso do Sul são nove praças.

"É muito estranho o fato da empresa paralisar as obras neste momento e continuar cobrando pedágio", diz Walter. "A demissão dos trabalhadores vai impactar a economia de vários municípios. O Sinticop vai acompanhar se o pagamento das verbas rescisórias será feito dentro da lei", conclui o presidente.

BR-163

A rodovia tem 845 quilômetros, que passam por Mato Grosso do Sul. Ela começa em Sonora, na divisa com Mato Grosso, e vai até Mundo Novo, na divisa com Paraná.

A estrada passa por 21 cidades onde vivem 1,3 milhão de pessoas. Por dia, 46 mil veículos trafegam pela rodovia. A empresa assumiu a concessão em abril de 2014 para administração por 30 anos.

As obras de duplicação tiveram início em julho de 2014. A cobrança de pedágio começou quando 10% da rodovia já tinham pista duplicada. A previsão inicial era de que as obras terminassem em 2020. Até agora foram duplicados 138,5 quilômetros.

Até o momento foram injetados nas obras R$ 1,9 bilhão, entre obras, serviços, equipamentos e impostos