NOVA ANDRADINA: Projeto “Cartas aos queridos” enaltece educação e humanização de alunos da Escola Efantina de Quadros

A Escola Municipal Professora Efantina de Quadros, sob direção do professor Marcos Eduardo Carneiro e Valdirene Cáceres Menezes Pereira, realizou com os alunos da Educação de Jovens e Adultos - EJA Inovadora, do período noturno, uma visita ao Lar Sagrado Coração de Jesus.

Na ocasião os estudantes foram entregar cartas para os idosos que ali residem. As cartas entregues vieram do Projeto “Cartas para os Queridos”, que surgiu nas aulas de Produção Textual da professora Mara Ivâne de Oliveira Costa.

O primeiro objetivo do projeto seria trabalhar as diversas tipologias textuais recorrentes no dia a dia das pessoas, mas ao começarem a trabalhar o gênero textual Cartas, surgiu a discussão: para quem escrever? Com qual finalidade além de conhecer e dominar o gênero textual em questão?

“Nesse momento os alunos lembraram que sempre que escrevemos para alguém que está distante de nós estamos nos correspondendo e é importante que este aprendizado em forma de correspondência sirva para contar acontecimentos, sentimentos e emoções”, afirmou a professora Mara.

Ao se depararem com a realidade atual onde e-mails e Whatsapp substituem a carta, os alunos trouxeram à tona do debate as pessoas “mais antigas” que usavam bastante este meio de comunicação. Então nada melhor que usar este aprendizado e fazer algo que traga uma alegria a alguém, alguém que usou deste meio de comunicação e agora vive separado da família e precisando de atenção e companhia.

Foi assim que surgiu o “Cartas para os Queridos”, queridos idosos do Lar Sagrado Coração de Jesus. “Os alunos se empolgaram, escreveram e reescreveram as cartas para pessoas reais que ficariam felizes ao recebê-las e fizeram questão de entregá-las pessoalmente, pois além da correspondência o que contava era o afeto de uma visita, uma conversa, da atenção para àqueles que tanto já fizeram por outros”, expôs a professora.

“Desta forma, este projeto buscou contribuir para resgatar a autoestima desses alunos e mostrar que eles são capazes de dominar a norma culta da língua e incentivá-los na construção do conhecimento que liberta, além de trabalhar o lado social que se solidariza com aqueles que como eles, alunos da EJA, ficaram a margem do saber, do carinho, da dignidade que cada ser humano necessita pra sua felicidade”, finalizou.