Mato Grosso do Sul gasta 59% de sua receita líquida com servidores públicos na ativa, aposentados e pensionistas. Conforme números disponibilizados pela Secretaria do Tesouro Nacional referentes ao balanço de 2017, quase todos os Estados da federação enfrentam situação semelhante, com exceção de Goiás, Sergipe e Distrito Federal, os quais desembolsaram menos de 50% com pessoal no ano passado.
No relatório de 2016, Mato Grosso do Sul, juntamente com o Distrito Federal, Amapá, Ceará e Sergipe, ainda figurava entre aqueles que gastavam menos da metade de sua receita líquida com esses servidores.
"É o que temos falado, a receita não cresceu e tivemos aquele pacote de aumentos dado no final de 2014 (gestão de André Puccinelli), que prontamente elevou em 17% nossa dívida com pessoal", disse o governador Reinaldo Azambuja neste domingo, enquanto participava de evento na sede da Associação Esportiva e Cultural Nipo-Brasileira, em Campo Grande.
No ano passado, o Governo do Estado ofereceu reajuste de 2,94% para efetivos e convocados. Segundo dados divulgados pelo próprio governador, a folha salarial anual saltou de R$ 5,507 bilhões em 2014 para 7,249 bilhões em 2017 – um acréscimo de 32% no total acumulado do período. Para este ano, o aumento proposto foi de de 3,04%.
"Todos os Estados estão no limite prudencial. Embora com muita reclamação, demos o reajuste que era possível para não ultrapassarmos o limite. Se a receita estadual crescer, pode ser que esta equação se equilibre e nos tire deste limite prudencial", explicou o governador.
No ano passado foi aprovada reforma na previdência estadual, alterando alíquota de contribuição de 11% para 14%, e da patronal, de 22% para 28%, além de teto de aposentadoria para novos servidores R$ 5.531,31, o mesmo valor máximo pago na ocasião pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
Fonte - Correio do Estado
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