Morreu na tarde desta quarta-feira (19) o jornalista e crítico de cinema Rubens Ewald Filho, aos 74 anos. A informação foi confirmada pela assessoria de imprensa do Hospital Samaritano em Higienópolis, em São Paulo, onde estava internado em estado grave desde o dia 23 de maio. Ele deu entrada após sofrer um desmaio seguido de uma queda de escada rolante. Ewald passou por tratamento cardiológico e das fraturas decorrentes da queda.
Nascido em Santos, Rubens Ewald Filho era um dos maiores especialistas em cinema do Brasil. Seus comentários ácidos, analíticos e densos sobre os atores e produções são a marca de seu trabalho. Dizia ter assistido a mais de 37 mil filmes, o que fez ser dono de uma memória cinematográfica infalível. Fez trabalhos como roteirista de novelas como "Éramos Seis", "Gina", "Drácula, Uma História de Amor" e "Iaiá Garcia". Como ator, fez participações em filmes como "Independência ou Morte" e "Amor Estranho Amor". Foi diretor de programação e produção da HBO no Brasil e apresentador de programas em emissoras como TV Cultura, Record, Band e no canal pago TNT.
Tornou-se nacionalmente conhecido por comentar as cerimônias do Oscar, desde 1983 — primeiro na Globo, depois no SBT. Nos últimos anos, o crítico era presença obrigatória anual na TNT, onde tinha um contrato até 2020. Em 2019, a TNT decidiu renovar o time de apresentadores e dispensou Ewald. Na cobertura deste ano, ele apareceu apenas em pequenos programas gravados e com comentários no Twitter.
Em uma entrevista em 2011, resumiu assim seu amor ao ofício e aos filmes: "Eu carrego uma bandeira de amor ao cinema e sou um entusiasmado. O cinema sempre foi um grande companheiro, que nunca me abandonou. Ele nos ajuda a viver e a sonhar".
Com informações do Blog do Amauri Junior
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