Marcelo Yuka, músico e compositor que ajudou a fundar a banda O Rappa, morreu vítima de um AVC (Acidente Vascular Cerebral), na noite desta sexta-feira (18), no Hospital Quinta D’Or, Zona Norte do Rio de Janeiro.
O ativista carioca, de 53 anos, estava internado desde o último dia 4 quando deu entrada na Unidade com quadro de infecção generalizada.
Marcelo Fontes do Nascimento Viana de Santa Ana construiu a carreira musical baseada em lutas.
Conforme publicado no O Globo, Yuka ficou paraplégico após ser baleado nove vezes quando saiu de seu carro para tentar proteger uma mulher que estava sendo assaltada, em novembro de 2000. Teve diversos problemas de saúde desde então — seu último disco, “Canções para depois do ódio”, foi lançado em janeiro de 2017, quando o músico estava num quarto de hospital, onde passou boa parte do ano anterior.
O músico, ainda conforme a publicação, foi um dos fundadores do Rappa em 1993, e permaneceu na banda até 2001, pouco após ficar paraplégico. A saída teve tons de amargura. Ele dizia que tinha sido “tirado da banda 50% por ganância, 50% por poder”. A partir de então, o Rappa (então liderado por Marcelo Falcão; agora parado) e Yuka seguiram caminhos diferentes.
O portal Globo também relembrou que o acidente e o ativismo que Yuka liderou após ficar paraplégico foram também o foco do documentário “No caminho das setas”, lançado em 2011. O filme da diretora Daniela Broitman foi premiado pela melhor montagem no Festival do Rio daquele ano.
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