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20/10/2016 às 11:30, Atualizado em 20/10/2016 às 11:22

Mensalidades devem subir de 5% a 12,5% nas escolas do Estado

Nos últimos 12 meses, a taxa está acumulada em 9,83% na Capital.

Quem tem filho estudando em escola particular e ainda não recebeu a proposta de rematrícula pode preparar o orçamento: o reajuste das mensalidades escolares em Mato Grosso do Sul deve variar entre 5% e 9,5% em 2017; Os índices foram apurados pela reportagem do Correio do Estado com pais de alunos e estabelecimentos de ensino da rede privada do Estado. Embora abaixo dos índices já anunciados por sindicatos de outras unidades da federação e regiões metropolitanas do País — caso de São Paulo (14%, Distrito Federal (entre 10% e 15%), Triângulo Mineiro (de 8% a 12%), entre alguns exemplos —, a projeção supera o Índice Nacional de Pesquisa de Preços ao Consumidor (INPC), geralmente utilizado pelas escolas para o cálculo da planilha de custos e composição do reajuste. Nos últimos 12 meses, a taxa está acumulada em 9,15% no País e somente na Capital, chega a 9,83%.

O Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino de MS (Sinepe-MS) não confirma oficialmente a alta no Estado, destacando que cabe a cada escola fixar o seu próprio índice. “As escolas avaliam a sua própria realidade, estimam o reajuste dos seus professores e fazem a planilha. Tudo vai depender da proposta pedagógica e uma vez fixado o valor da anuidade, não se pode mudar mais ao longo do ano. Não posso afirmar se ficará próximo do índice de inflação projetado neste ano ou mesmo se alcançará os dois dígitos”, disse a dirigente da entidade, Maria da Glória Paim Barcellos.

No entanto, explica, ao confeccionar as suas planilhas, as escolas têm que “no mínimo recompor todos os reajustes que sofreram no decorrer do ano com água, energia elétrica, manutenção, entre outros custos”. Por outro lado, enfatiza a presidente, há mais aspectos que devem ser levados em conta, como reforma, se a escola vai adotar um novo sistema de ensino pedagógico, se sai de livro para apostila, por exemplo.

Na avaliação da dirigente do Sinepe-MS, esse foi um ano totalmente atípico, com reflexos sobre a economia que não poderiam ser imaginados, o que também acabou afetando a escola como empresa. “Fazer um estudo bem ponderado foi a nossa recomendação para as escolas. De nada adianta promover um determinado aumento se a sua clientela não consegue absorver o reajuste. É preciso levar em conta qual o segmento ao qual pertencem os pais; se é servidor público ou funcionário da iniciativa privada, todos eles têm uma data-base e um determinado reajuste”, alertou. A média de inadimplência só será avaliada ao final do ano, após o encerramento do ano letivo. De acordo com o sindicato, existem 240 escolas particulares e cerca de 80 mil alunos do ensino básico e médio estudando na rede privada de MS.

Fonte Correio do Estado

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