A popularidade cobra caro de quem a usufrui. A perda da privacidade em diversos aspectos é um dos custos mais altos. Galvão Bueno sabe bem disso.
A vida contábil do locutor esportivo mais famoso e polêmico do país passou a ser divulgada na imprensa. Não apenas os créditos – a vida luxuosa e os investimentos em negócios –, também os débitos.
A edição desta semana da revista Veja traz uma nota na coluna Radar a respeito: “Mesmo com um dos maiores salários da TV brasileira, o apresentador Galvão Bueno está com problemas financeiros. Apenas em um banco, sua dívida é de 30 milhões de reais”.
No ano passado, o nome dele foi associado a outra pendência: um processo de atraso no pagamento do IPTU de um imóvel no Morumbi, em São Paulo.
Os advogados esclareceram que a dívida não era de Galvão, e sim do novo proprietário, mas o locutor era citado no processo por não ter sido feita a alteração na escritura.
O apresentador possui um dos maiores salários da Globo: cerca de 3 milhões de reais. É uma peça fundamental nas transmissões ao vivo de grandes eventos. Figura midiática indispensável para o canal.
Por isso, tudo o que se refere a ele repercute na mídia – às vezes de maneira exagerada ou deturpada. Sua vida íntima acaba exposta como se Galvão fosse um ator de novela.
Não há mais separação entre celebridades da teledramaturgia e do jornalismo. Todos têm a intimidade esmiuçada e revelada, seja uma crise conjugal, um novo romance, uma briga no trabalho ou um problema de saúde.
Tudo passa a ser de interesse público. A vida pública escancara a vida privada. Preservar dados pessoais é uma tarefa hercúlea a quem escolheu ser famoso ou ganhou notoriedade involuntariamente por conta da projeção de seu trabalho.
Nem o sigilo bancário resiste ao ataque à privacidade.
Fonte - Terra
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