Publicado em 11/09/2018 às 12:02, Atualizado em 11/09/2018 às 14:04
Segundo pesquisa produzida por agências da ONU cerca de 821 milhões de pessoas estão em situação de fome e desnutrição.
O número de pessoas subnutridas aumentou de 804 milhões em 2016 para 821 milhões no ano passado.
O relatório “Estado da Insegurança Alimentar e Nutrição no Mundo em 2018”, divulgado pela Food and Agriculture Organization (FAO) nesta terça-feira (11), revela que o mundo regrediu para níveis registados há 10 anos.
Segundo a pesquisa, caso não haja mais esforços urgentes, a comunidade internacional não irá conseguir cumprir o objetivo de erradicar a fome até 2030.
A especialista em segurança alimentar e nutrição da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, FAO, Anna Kepple, explicou à ONU o que é preciso para resolver este problema.
“É preciso melhorar a coordenação entre os órgãos internacionais e intergovernamentais, visando fortalecer as capacidades dos governos para que eles mesmo definam e implementem as políticas mais adequadas para a sua própria realidade. E é preciso implementar ações que fortaleçam a resiliência dos meios de subsistência e dos sistemas alimentares, inclusive as estratégias que visam a resiliência face aos eventos climáticos extremos.”
Conforme a pesquisa, a variação do clima junto a eventos climáticos extremos, como secas e cheias, são os principais responsáveis pelo aumento da fome, além de guerras e crises econômicas.
Combate
Além da FAO, outras quatro agências da ONU participaram da produção do relatório, a Fida (Fundo Internacional para o Desenvolvimento Agrícola), a PMA (Programa Mundial de Alimentos), a Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) e a Organização Mundial da Saúde.
Em nota conjunta, as agências afirmam que os dados do relatório “são um sinal claro de que existe muito trabalho para ser feito para alcançar o objetivo de não deixar ninguém para trás em relação à segurança alimentar e nutrição”.