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22/10/2023 às 13:34, Atualizado em 22/10/2023 às 12:23

Estado ainda tem 40 mil famílias em situação de vulnerabilidade social

Pesquisa da Sead vai a campo estudar a situação dos municípios

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Divulgação

Para conseguir alcançar cerca de 40 mil sul-mato-grossenses que ainda estão em situação de vulnerabilidade social, sem receber qualquer benefício social, a Sead (Secretaria de Estado de Assistência Social e dos Direitos Humanos) capacitou e enviou 400 servidores para todas as regiões do Estado. Com previsão de término em dezembro, na última sexta-feira (20), a secretaria ainda convocou os trabalhadores que estavam no cadastro de reservas e abriu novo cadastramento, com 141 vagas.

De acordo com a defensora pública e secretária de Estado de Assistência Social e dos Direitos Humanos, Patrícia Elias Cozzolino, em entrevista para o jornal O Estado MS, a pesquisa tem o objetivo de conhecer a realidade das famílias em situação de vulnerabilidade no Mato Grosso do Sul, para conseguir montar um plano de ação com informações técnicas e precisas.

“Ainda temos casos de pessoas passando fome porque com o cruzamento e mapeamento nós descobrimos 40 mil famílias, dentro do CadÚnico (Cadastro Único), que não se encontram em nenhum programa social, seja federal ou estadual. Estamos preocupados com as famílias que podem não ter registros, porque para que exista esse registro a família tem que ir até o Cras (Centro de Referência da Assistência Social) e nos municípios distantes ou quanto à sede urbana do município, podem existir pessoas que nunca pisaram em um Cras”, destaca Patrícia.

Ou seja, essas famílias estão “pulverizadas”, em locais onde a comunicação pode ter falhado e prejudicando a chegada dos auxílios sociais necessários à sua mobilidade social e até à subsistência. “Então, para que nós tenhamos uma visão mais real e fidedigna, a secretaria está fazendo uma coleta direta de dados em todos os municípios, com um questionário que tem 60 perguntas, que vai mapear todo esse público e também, ao final, em 15 de dezembro, nos dará o índice de vulnerabilidade social para o município”, completou a secretária estadual.

Anderson Chadid é secretário-adjunto da Sead e presidente do Grupo de Trabalho da Pesquisa e explicou como os servidores foram treinados para essa missão. Segundo ele, até o momento, não estão tendo problemas de rejeição e a expectativa é que alcancem a realidade de cada cidade e região.

“Temos divulgado bastante para que o pesquisador seja acolhido, pois estão identificados e é um trabalho para melhorar a vida dos sul-mato-grossenses. Eles têm locais indicados para visitação e, se estiverem fechados, têm alternativas para cumprir a pesquisa. A expectativa é que a gente consiga fazer a coleta dessas famílias e que tenhamos instrumentos bem próximos da realidade, para que possamos pautar políticas públicas eficientes”, destaca Anderson.

Essa pesquisa não muda os esforços que a equipe da Assistência Social de cada município dedica para alcançar a população. É o caso de Aquidauana, que possui Cras na área urbana, indígena e a equipe do “Cras Volante”, que leva atendimentos nas fazendas e distritos da região.

“Temos os distritos de Taunay, Cipolândia e Camisão, além das áreas indígenas e rurais. Estamos conseguindo realizar os atendimentos e considero isso excelente. Um exemplo foi a ação do mês passado, em uma fazenda, em que levamos diversos serviços e conseguimos atender mais de 70 pessoas daquelas fazendas”, conta a secretária municipal de Assistência Social de Aquidauana, Josilene Rodrigues Rosa.

Conheça mais sobre o trabalho desenvolvido pela atual gestão de Patrícia Elias Cozzolin, na Secretaria de Estado de Assistência Social e dos Direitos Humanos, na entrevista da semana, publicada na Página A8, desta edição.

Servidores aptos para pesquisa

Conforme a publicação no Diário Oficial do Estado, da última sextafeira (20), o processo seletivo está aberto para servidores públicos da ativa do Estado de Mato Grosso do Sul, para atuação junto à Sead, participando da pesquisa geral da população, por amostragem, em todo o território sul-matogrossense.

O entrevistador deverá realizar, no mínimo, 50% (cinquenta por cento) das visitas designadas até 16 de novembro de 2023. Para o trabalho, terão o adicional de R$ 1,5 mil. As inscrições podem ser feitas até a próxima terça-feira (24), no site da Sead.

Com informações do Jornal O Estado do MS.

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