Publicado em 07/08/2020 às 12:00, Atualizado em 07/08/2020 às 10:50
O contrato da Libertadores foi fechado após uma licitação feita pela Conmebol.
A Globo enviou carta a Conmebol com intuito de rescindir o contrato de transmissão da Copa Libertadores da América. A informação foi publicada pelo blog do Rodrigo Mattos, no UOL Esporte. O documento foi mandado pela emissora após uma tentativa de redução dos valores dos contratos que não foi aceita pela entidade.
Apesar de pedir a rescisão, não está claro se a emissora vai desistir de vez da competição: há a possibilidade de tentar novo acordo por valor menor. A Globo ainda não se manifestou sobre o assunto.
O contrato da Libertadores foi fechado após uma licitação feita pela Conmebol. Os direitos foram divididos em quatro pacotes, dois adquiridos pela Globo e Sportv. Com isso, a emissora tem que fazer um total de US$ 65 milhões em pagamentos anuais para a entidade sul-americana.
O contrato foi feito quando o dólar estava em R$ 3,88, sendo que agora o câmbio marca R$ 5,33. Com isso, o contrato teve um salto de praticamente R$ 100 milhões por ano, atingindo R$ 346 milhões para as duas mídias.
Leia, na íntegra, nota da Globo sobre o assunto:
"Diante do cenário extremamente desafiador provocado pela crise econômica e potencializado pela pandemia de COVID-19, a Globo vem fazendo uma revisão completa de seu portfólio de direitos.
Nesse contexto, e tendo em vista a suspensão daquela competição por vários meses, a empresa tentou renegociar com a Conmebol o contrato da Libertadores, válido até 2022, mas infelizmente não houve acordo. Assim, não restou alternativa à Globo a não ser rescindir o contrato.
Grandes players mundiais têm sido obrigados a renegociar seus acordos sobre eventos esportivos em razão da crise econômica provocada pela Covid-19, que, no Brasil, ainda é acentuada pela desvalorização cambial, que multiplica o valor dos contratos em dólar. Como principal competição de clubes das Américas, a Libertadores continua sendo importante para a Globo.
No entanto, para que sua transmissão seja viável e satisfatória para todas as partes envolvidas, ela precisa se adequar à nova realidade mundial dos direitos esportivos e à situação econômica vivida pelo país. Por fim, é importante esclarecer que havia no contrato cláusula específica de rescisão em caso de suspensão da competição por períodos prolongados, por motivo de força maior."