Publicado em 16/08/2016 às 17:00, Atualizado em 16/08/2016 às 17:35
Comitê Olímpico Internacional adotou uma postura indiferente em relação à morte de João Havelange, membro por mais de cinquenta anos do quadro da organização.
O também ex-presidente da Fifa teve atuação decisiva para garantir a vinda dos Jogos para o Rio de Janeiro. Foi nesse cargo que diversas investigações abalaram sua reputação, alvo de acusações de corrupção.
O COI se recusou a colocar a sua bandeira a meio mastro. A entidade disse ter aceitado um pedido do Comitê Rio-2016 para que as bandeiras brasileiras fiquem a meio mastro.
Em 2011, Havelange pediu para deixar o COI. O dirigente temia ser banido, já que o Comitê de Ética da entidade ameaçava passar um relatório sobre o caso para análise do Comitê Executivo. Havelange era investigado por supostamente ter recebido propina da ISL, empresa de marketing esportivo parceira da Fifa nos anos 90.
Mark Adams, porta voz da entidade internacional, abriu a entrevista diária na sala de coletiva dos Jogos sem citar no nome de Havelange.
Mario Andrada, da comunicação do Rio-2016, falou rapidamente sobre o tema.
"O ex-presidente da Fifa morreu hoje [terça] de manhã com 100 anos. Havelange foi atleta de Olimpíada e presidente da confederação brasileira. Os nossos sentimentos vão para os familiares", disse.
No site do COI, nenhuma nota oficial, na manhã desta terça. Os únicos comentários de dirigentes do comitê foram feitos após questionamentos de jornalistas.
"Nossos pensamentos estão com a família nesse momento triste. O COI aceitou um pedido do Rio-2016 de permitir que a bandeira brasileira fique a meio mastro durante este dia", está no texto de nota divulgada pelo COI.(Com informações da Folha Press)