Publicado em 01/06/2018 às 12:01, Atualizado em 31/05/2018 às 23:33
Por Wilson Aquino.
Tempos difíceis esses que atravessamos, especialmente no Brasil, onde as crises, política, econômica e moral, atingem patamares negativos nunca antes registrados, provocando um clima de insegurança e instabilidade em todos os níveis da sociedade, afetando o indivíduo, abalando a família.
Agora mesmo enfrentamos as consequências de uma greve de caminhoneiros em todo o país, que resultou no desabastecimento não apenas dos combustíveis, mas de toda uma gama de produtos e serviços que não puderam ser prestados por conta dessa ação.
Assim como o Brasil, todo e qualquer país têm suas crises. Com o ser humano não é diferente, pois inexiste indivíduo que não tenha suas crises, seus problemas, seus fardos para carregar.
Todo ser humano, independentemente de sua condição econômica, geográfica, social... tem questões para resolver. Os fardos fazem parte da vida, do Plano de Deus estabelecido para todos nós, para nosso próprio crescimento.
Meu velho e querido pai já me ensinava, desde criança, que o sofrimento enrijece o caráter. Logo, não tem como crescermos espiritualmente nesta vida se não enfrentarmos dificuldades, obstáculos de toda ordem, com fé em Deus. Não tem como!
Cresce mais aquele que confia que não está só, que Deus existe e que está para nos ajudar em tudo o que necessitarmos.
Cresce mais aquele que enfrenta os obstáculos da vida com a cabeça erguida, consciente de que por mais pesado que seja o fardo, ele é como uma bênção para seu fortalecimento.
Cresce mais aquele que além de seus próprios pesos se preocupa e ajuda na resolução dos problemas de seu próximo.
Há uma lei nos céus que estabelece que quando nos voltamos para ajudar nosso próximo, dispensando nosso tempo e trabalho em benefício dele, Deus resolve as nossas próprias dificuldades.
Essa lei é eterna e tem sido enormemente comprovada ao longo dos séculos.
Conscientes dessa lei e de todo Plano de Deus para nosso próprio crescimento, precisamos então nos dedicarmos mais no auxílio e ajuda às pessoas à nossa volta, lembrando ainda que este é o segundo maior mandamento do Senhor: “Amar ao próximo como a ti mesmo”.
Assim sendo, necessário se faz nos conscientizarmos disso, mesmo em tempos como esse, de crise, e sermos mais amáveis e bondosos com nossos irmãos.
É preciso que ousemos ser bondosos. Que deixemos nossa luz brilhar para iluminar o caminho daqueles que muitas vezes se encontram em completa escuridão.
As escrituras sagradas nos remetem a essa vontade do Pai, nosso Criador, quando Ele pede que sejamos luz e que fiquemos no alto para clarearmos em todo nosso redor, por onde passarmos e não colocarmos nossa luz debaixo da cama onde nada ilumina.
Nesses tempos de crise, de correria, de incertezas e inseguranças políticas e econômicas, é comum o homem endurecer o coração, se fechar no egoísmo, na frieza e insensibilidade diante das aflições e desespero dos outros.
Precisamos romper barreiras e ousarmos ser bondosos com as pessoas à nossa volta e sermos luz, para que tenham esperança e tomem rumos certos e se fortaleçam em nós para superar suas fraquezas e suportarem o peso que precisam carregar de maneira alegre e segura.
Ousemos ser bondosos mesmo em tempos de turbulência.
Ousemos sim sermos luz para sermos portos seguros para tantos barcos que navegam à deriva.
Fonte: Jornalista, Professor e Cristão SUD