Publicado em 17/03/2024 às 14:41, Atualizado em 17/03/2024 às 11:45
Somente neste ano, o estado já contabiliza 29 casos de afogamento e apenas três resgates de vítimas com vida
Os dados divulgados pelo Comando de Bombeiros do Interior (CBI) e pelo Comando Metropolitano de Bombeiros (CMB) revelam uma preocupante tendência de aumento nos casos de afogamento em Mato Grosso do Sul. Em 2022, foram registrados 65 casos, número que aumentou para 108 em 2023. E até o dia 12 de março de 2024, o estado já contabiliza 29 casos, dos quais apenas três resultaram em resgates bem-sucedidos.
Este aumento significativo, que representa uma média de 66,15% de crescimento de 2022 para 2023, levanta sérias preocupações para o ano de 2024, especialmente diante das ondas de calor que assolam a região. O Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul (CBMS) alerta que o aumento das temperaturas pode incentivar uma maior procura por atividades aquáticas, aumentando consequentemente os riscos de afogamento.
As estatísticas nacionais, compartilhadas pela Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (SOBRASA), destacam a gravidade do problema. A cada uma hora e meia, um brasileiro perde a vida por afogamento.
Homens têm uma taxa de mortalidade 6,7 vezes maior, e 45% das vítimas têm menos de 29 anos. O afogamento é a principal causa de morte entre crianças de 1 a 4 anos, a segunda entre 5 a 9 anos, a terceira entre 10 a 14 anos, e a quarta entre 15 a 24 anos. Crianças menores de 9 anos são mais propensas a se afogarem em piscinas e residências.
A prevenção é fundamental e pode evitar até 99% dos afogamentos, conforme ressalta a SOBRASA. Existem duas abordagens principais: a prevenção ativa, que envolve intervenções no ambiente aquático como restrição de acesso, sinalização e presença de guarda-vidas, e a prevenção reativa, que se concentra em mudanças comportamentais, como orientações sobre o risco de afogamento e a importância da supervisão constante, especialmente de crianças em meio líquido.
É essencial que a população esteja ciente dos perigos e adote medidas preventivas, especialmente em momentos de lazer junto a ambientes aquáticos. A conscientização, aliada a uma infraestrutura adequada e à supervisão atenta, são cruciais para evitar tragédias relacionadas ao afogamento em Mato Grosso do Sul e em todo o país.
Com informações do Correio do Estado