O presidente Michel Temer fez pronunciamento nesta sexta-feira (25) anunciando o uso de forças federais para liberar estradas bloqueadas pela greve dos caminhoneiros.
Ele disse que o governo fez acordo para acabar com a paralisação, citou os principais pontos e afirmou que muitos dos motoristas querem voltar à normalidade, mas uma "minoria radical" não permite.
"Vamos implantar de imediato um plano de segurança para superar os graves efeitos da paralisação. Acionei forças federais de segurança para desbloquear as estradas e estou solicitando aos senhores governadores que façam o mesmo. Não vamos permitir que a sociedade fique sem gêneros de primeira necessidade, que hospitais fiquem sem insumos para salvar vidas, que crianças sejam prejudicadas pelo fechamento de escolas."
O presidente afirmou também que "quem bloqueia estradas e age de maneira radical está prejudicando a população. Vamos garantir a livre circulação e o abastecimento".
"Governo agora terá coragem", diz Temer
O presidente disse que "o governo agora terá coragem de exercer sua autoridade em defesa do povo brasileiro".
Antes de falar do uso de tropas federais, Temer argumentou que o governo conversou com os caminhoneiros.
"Chegamos a um acordo com as lideranças. Eles pediram redução do preço do óleo diesel. A União vai ressarcir a Petrobras para garantir essa redução de 10%. Pediram estabilidade no preço e nós concordamos, com estabilidade a cada 30 dias, para garantir a previsibilidade dos custos dos caminhoneiros. Pediram a eliminação da Cide, e o governo fez acordo com Congresso. Pediram garantia de transportar parte das cargas da Conab, e encaminhamos medida para dar 30% dessas cargas", afirmou.
O presidente disse que foram atendidas 12 reivindicações da categoria, "que se comprometeu a encerrar a paralisação imediatamente". "Esse foi o compromisso conjunto, esse deveria ter sido o resultado do diálogo."
O presidente culpou "radicais" pelo descumprimento do acordo. "Muitos caminhoneiros estão fazendo sua parte, mas uma minoria radical tem bloqueado estradas, impedindo que muitos caminhoneiros atendam a população e façam seu trabalho", declarou.
Fonte - UOL
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