Publicado em 05/01/2017 às 16:36, Atualizado em 05/01/2017 às 18:18
No mês passado, os depósitos somaram R$ 10,7 bilhões a mais que os saques nesta que é a mais tradicional modalidade de investimentos.
Os saques da poupança superaram os depósitos em R$ 40,7 bilhões em 2016, informou nesta quinta-feira (5) o Banco Central. O resultado é o segundo pior da série histórica, que começa em 1995, atrás apenas de 2015, quando saíram da poupança R$ 53,5 bilhões.
Além disso, foi o segundo ano seguido em que a poupança perdeu recursos - entre 2006 e 2014, os depósitos superaram os saques das cadernetas.
Essa fuga de recursos da poupança está relacionada principalmente à crise econômica e à inflação. Com a crise, e o consequente aumento do desemprego, muitas famílias precisam usar o dinheiro mantido na poupança para cobrir suas despesas. Já a inflação, que apenas entre janeiro e novembro de 2016 acumulou alta de 5,97%, reduz o rendimento das cadernetas.
Apesar do resultado negativo no ano, o mês de dezembro registrou mais depósitos do que saques pelo segundo mês consecutivo. Dois meses seguidos de resultados positivos não ocorriam desde o final de 2014.
No mês passado, os depósitos somaram R$ 10,7 bilhões a mais que os saques nesta que é a mais tradicional modalidade de investimentos.
A fuga de recursos da poupança, no acumulado do ano, tem relação com a recessão da economia brasileira e com o aumento do desemprego e da taxa de inadimplência. A baixa rentabilidade também tem levado poupadores a migrar os recursos para outros investimentos.
Conforme o resultado de 2015, R$ 53,5 bilhões deixaram a poupança. Foi a primeira vez, em dez anos, que houve mais retirada do que depósitos da caderneta.
Fonte - Agência Brasil