Publicado em 17/09/2020 às 16:00, Atualizado em 17/09/2020 às 13:51
Antes de terminar o ano, 2020 já superou o recorde anual anterior de queimadas em 26%.
O Pantanal passa pelo setembro com mais focos de incêndio desde o início da série histórica do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), em 1998: foram 5.603 focos de calor detectados em apenas 16 dias, contra 5.498 registrados no mês inteiro de setembro em 2007 – o recorde para o mês até este ano.
Em comparação a 2019, quando setembro teve 2.887 focos detectados em 30 dias, o mesmo mês de 2020 já apresenta uma alta de 94%. O número de focos neste mês está 188% acima da média histórica do Inpe para setembro, que é de 1.944 pontos de incêndio.
O fogo já destruiu 85% do Parque Estadual Encontro das Águas, refúgio das onças pintas-pintadas. Com relação à área perdida para os incêndios, o instituto apresenta os dados mensalmente: a última estimativa, contabilizada até 31 de agosto, apontava uma perda de 12% do bioma neste ano – foram 18,6 km².
Além das queimadas, a região também enfrenta uma seca histórica – o maior período de estiagem em 47 anos, segundo o diretor. A falta de água contribui para o alastramento das chamas.
Em julho, o Pantanal também bateu o recorde para o mês de focos de incêndio desde o início das medições do Inpe; agosto teve o segundo maior número de queimadas para o mês na série histórica.
Com informações do G1