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10/08/2025 às 14:30, Atualizado em 10/08/2025 às 12:58

Mulheres lideram 8,5% das propriedades rurais no Brasil

Produtoras rurais ocupam posições de liderança em associações, empresas e sindicatos que representam o agronegócio

A vice-presidente da Federação de Agricultura e Pecuária do Estado da Bahia, Carminha Gatto Miscio, conhecida como a "rainha das sementes de soja", tem sido uma figura revolucionária no agronegócio da região oeste da Bahia há mais de duas décadas. Em sua propriedade, de mais de 1,2 mil hectares, ela cultiva mais de 40 variedades de soja, e é a principal fornecedora do grão na região do Matopiba.

Carminha destacou como a presença feminina no setor agropecuário tem superado preconceitos e crescido significativamente nos últimos anos. "Que bom que estamos juntas e que bom que o nosso exemplo pode repercutir uma imagem boa dessa cadeia tão nobre da qual atuamos", afirmou ela, durante um evento promovido pela Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) em Brasília, que visa incentivar a liderança feminina no campo.

O fórum realizado pela CNA contou com a presença de 300 produtoras rurais de todo o país e teve como objetivo debater a presença feminina nos sindicatos rurais e apresentar exemplos de sucesso que possam inspirar outras mulheres. Durante o evento, o presidente da CNA, João Martins, mencionou a importância de ter mulheres em posições de liderança dentro da organização. "Porque só pode fazer parte da chapa presidente de federação. Então vocês têm de conquistar uma federação para vocês botarem o pé aqui dentro", explicou ele.

Os desafios enfrentados pelas mulheres no campo foram também destacados por Carminha, que citou as dificuldades adicionais enfrentadas por mulheres, como a preocupação com a educação dos filhos e a necessidade de gerenciar múltiplas responsabilidades ao mesmo tempo. Apesar desses desafios, as mulheres gerenciam cerca de 30.000.000 de hectares em áreas produtivas no Brasil, o que representa aproximadamente 8,5% da área total de estabelecimentos rurais, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Carminha, agora vice-presidente, se tornou a primeira mulher a ocupar um cargo tão alto na federação, refletindo um avanço significativo para a representatividade feminina no setor. Ela se diz confortável e motivada por seu papel, enfatizando a importância de seu trabalho na Bahia. "Porque eu me sinto à vontade, porque foi na Bahia, na minha gestão", concluiu.

Com informações do Portal da BAND

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