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13/03/2021 às 10:39, Atualizado em 12/03/2021 às 21:42

Ministério da Saúde compra 10 milhões de doses da vacina russa Sputnik V; imunizante ainda não tem autorização no Brasil

Segundo cronograma previsto pela pasta, serão inicialmente 400 mil doses entregues ao governo federal até o final de abril

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Foto: Frantisek Ivan

O Ministério da Saúde assinou nesta sexta-feira (12) o contrato para compra de 10 milhões de doses da Sputnik V, vacina contra a Covid-19 desenvolvida pelo instituto russo Gamaleya. O imunizante russo vem ganhando grande espaço no cenário internacional.

Segundo cronograma previsto pela pasta, serão inicialmente 400 mil doses entregues ao governo federal até o final de abril; 2 milhões no fim de maio e 7,6 milhões de doses em junho. A vacina será desenvolvida pela farmacêutica brasileira União Química.

O imunizante ainda não tem autorização para uso no país, assim como as vacinas da Pfizer/BioNTech — o Brasil ainda não tem acordo de compra da vacina — e da Oxford/AstraZeneca, que conseguiram uso definitivo, e a CoronaVac, que tem uso emergencial aprovado desde janeiro.

De acordo com o ministério, a União Química afirmou que pretende fabricar o imunizante no Brasil, em São Paulo e no Distrito Federal.

Ainda segundo a pasta, a possibilidade de produção 100% nacional será avaliada pelo Ministério da Saúde nas próximas semanas e pode levar à concretização de outro acordo comercial.

Sputnik V

A vacina Sputnik V teve eficácia de 91,6% contra o coronavírus, segundo resultados preliminares publicados na revista científica "The Lancet". A eficácia contra casos moderados e graves da doença foi de 100%.

A vacina também funcionou em idosos: uma subanálise de 2 mil adultos com mais de 60 anos mostrou eficácia de 91,8% neste grupo. Ela também foi bem tolerada nessa faixa etária.

A Sputnik V virou um sucesso de exportação da mesma forma, com uma campanha agressiva de venda promovida pelo Fundo de Investimento Direto Russo, que bancou seu desenvolvimento e produção no tradicional Instituto Gamaleya, de Moscou.

A Lancet já havia publicado os estudos de fase 1 e 2, e agora dá uma chancela diplomática importante para o imunizante. No Brasil, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) está demandando mais informações acerca da Sputnik V para analisar seu pedido de uso emergencial.

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