Cerca de 7,2 milhões (7.206.915) de postos de trabalho já foram mantidos no País desde que o Governo Federal lançou o Benefício Emergencial para Preservação da Renda e do Emprego.
Para isso, foram destinados R$ 12,7 bilhões de reais.
A previsão é pagar até 18 de maio mais R$ 1,7 bilhão a 1.418.684 empregados.
O BEm foi criado por meio da Medida Provisória 936/2020 e ajuda empresários e trabalhadores no enfrentamento da pandemia no novo coronavírus.
O programa prevê o pagamento de benefício ao empregado que tiver a jornada de trabalho reduzida ou o contrato de trabalho suspenso temporariamente.
O valor destinado pelo governo tem como base de cálculo o seguro-desemprego a que ele teria direito.
O escrevente Afonso Henrique dos Santos trabalha em um cartório no Distrito Federal e é um dos beneficiários da medida.
Com a Covid-19, as atividades no local caíram por volta de 70% e, para não ter que demitir funcionários, o seu empregador aderiu ao BEm.
Com um faturamento menor, a saída da empresa foi suspender, por três meses, o contrato de trabalho de metade dos funcionários do cartório.
Para Afonso, a medida adotada pela chefia foi importante para não haver demissões enquanto a receita do cartório está mais baixa.
"Concordei com os termos e achei necessário por conta do momento que estamos vivendo.
Sabemos que muitas empresas não optaram por essa ação e acabaram demitindo parte de seus funcionários. Essa medida protegeu muito os nossos empregos", disse.
"Manteremos esperança de retorno ao trabalho e que tudo se normalize o mais rápido", completou.
Balanço
Balanço da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia mostra que quase 55% (54,9%) dos beneficiados tiveram suspensão do contrato de trabalho.
A redução de 50% da jornada e remuneração representa 17,2%. Já a redução de 70% chegou a 12,2% dos trabalhadores, e a de 25%, a 13,4% de empregados.
Os intermitentes respondem por 2,3% do total.
O estado com maior percentual de empregos preservados até o momento é São Paulo, com 33%, seguido por Rio de Janeiro (10,1%) e Minas Gerais (9,5%).
A maior parte dos trabalhadores atendidos tem entre 30 e 39 anos (30,8%), seguido por pessoas com idade de 40 a 49 anos (20,7%).
Os jovens de 18 a 24 anos representam 17,4%. O valor do benefício médio é de R$ 1.766,50, com parcela mensal média de R$ 720,73.
Os dados do Ministério da Economia foram calculados até às 14h da última terça-feira (12).
Comentários
Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site.