A Justiça manteve a prisão temporária de Edgar Ricardo de Oliveira, 30 anos, autor da chacina em um bar de Sinop, a 503 km de Cuiabá, que vitimou sete pessoas, na última terça-feira (21). Ele foi transferido para a Penitenciária Central do Estado (PCE), em Cuiabá, conforme a decisão da juíza Rosângela Zacarkim dos Santos.
Edgar foi preso nessa quinta-feira (23), após se entregar à Polícia Civil. O cúmplice dele, Ezequias Souza Ribeiro, de 27 anos, morreu em confronto com a Polícia Militar, na quarta-feira (22).
“Considerando a repercussão nacional do fato, bem como a necessidade de resguardar a segurança e integridade física do autuado, determino a escolta e remoção para a Penitenciária Central do Estado, ala 8, em Cuiabá”, diz em trecho da decisão.
A prisão temporária é válida por 30 dias e, após esse período, a magistrada fará uma nova análise do caso, com base nos pedidos das autoridades.
Durante a audiência de custódia, Edgar respondeu apenas as perguntas qualificatórias, como nome, moradia, ocupação, entre outras. Ele afirmou que tem um filho de 7 anos e que a esposa está grávida. Sobre a chacina, o acusado se manteve em silêncio.
Edgar e Ezequias mataram sete pessoas após perderem cerca de R$ 4 mil em uma aposta de sinuca. Um vídeo registrado pelas câmeras de segurança do bar mostrou o momento em que um dos homens, com uma pistola, pede para que as algumas das vítimas fiquem de costas, viradas para a parede.
Enquanto isso, um outro homem pega uma espingarda calibre 12 mm na caminhonete e, em seguida, atira contra as vítimas. Algumas das pessoas tentam correr, mas são atingidas fora do bar.
Após a execução, os homens roubaram o dinheiro que estava em uma das mesas de sinuca, além de outros objetos do bar. Eles fugiram em uma caminhonete que estava estacionada em frente ao local.
Além dos suspeitos, nove pessoas estavam no local. Seis morreram no bar e um homem foi socorrido em estado grave pelo Corpo de Bombeiros, mas não resistiu.
Histórico
A Polícia Civil informou que os autores da chacina têm diversas passagens pela polícia. Conforme o delegado Bráulio Junqueira, responsável pelas investigações, Ezequias por porte de arma ilegal, roubo, formação de quadrilha, lesão corporal e ameaça, além de possuir um mandado de prisão em aberto. Já Edgar tem registro por violência doméstica.
Segundo o delegado Bráulio Junqueira, responsável pelas investigações, testemunhas disseram em depoimento que o clima no bar estava tranquilo antes do crime.
“Em momento algum, houve discussão ou desentendimento. Aparentemente, estava tudo normal”, disse o delegado.
(Com informações do G1).
Comentários
Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site.