O decreto do presidente Jair Bolsonaro (PL) pondo fim ao estado de emergência para a covid-19 não completou 30 dias e o coronavírus já volta a preocupar no Brasil. Depois de quase três meses, a Rt (taxa de transmissão) voltou a indicar o crescimento da doença no país.
Além disso, houve também o aumento da porcentagem de testes positivos e a alta das hospitalizações em São Paulo, dando indícios de que uma quarta onda da pandemia pode estar prestes a ocorrer, segundo especialistas ouvidos pela reportagem.
Cientistas consideram o número 1 como o teto do Rt. Com esse valor, cada pessoa infectada pode contaminar outra, mantendo uma estabilidade nos casos. A meta é baixar esse número porque, se ele ultrapassar esse patamar, cada doente poderá contaminar mais de uma pessoa.
O ano de 2022 começou em meio à terceira onda da pandemia no Brasil, com o Rt permanecendo acima de 1 até o dia 5 de fevereiro, quando atingiu o pico de 2,1 —o que significa que cem pessoas infectavam outras 210, ou seja, um aumento no número de casos.
Desde então, o índice começou a cair, mas só ficou abaixo de 1 no dia 22 de fevereiro. A curva despencou até o dia 16 de março, quando bateu em 0,5, mas voltou a subir lentamente sem nunca ultrapassar o número 1.
Tudo mudou no dia 9 de maio, quando voltou a romper o teto e não parou de crescer: no dia 18 de maio, estava em 1,25 (cem pessoas contaminavam 125), indica levantamento da Info Tracker, a plataforma de monitoramento da pandemia das universidades estaduais USP (Universidade de São Paulo) e Unesp (Universidade Estadual Paulista).
Apesar da vacinação em massa impedir que o aumento das mortes atinja a proporção das primeiras ondas da pandemia, esta semana outro sinal de alerta acendeu: no dia 17 de maio, a média móvel de óbitos registrou a primeira alta em duas semanas.
Com informações do Portal UOL
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