Publicado em 21/11/2024 às 09:04, Atualizado em 20/11/2024 às 21:27
Ao todo, foram 6,7 milhões de hectares queimados até outubro deste ano, contra 650 mil hectares desmatados, de acordo com informações do Prodes, do INPE
Os incêndios consumiram uma área 10 vezes maior que o desmatamento na Amazônia em 2024 . Os dados são do Monitor do Fogo , elaborado pelo MapBiomas, divulgados durante a COP29, em Baku, no Azerbaijão . Somando todos os biomas, os incêndios atingiram uma área do tamanho do Tocantins nesse período.
Ao todo, foram 6,7 milhões de hectares queimados entre janeiro e outubro deste ano, contra 650 mil hectares desmatados, de acordo com informações do Prodes, do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).
Ainda segundo o levantamento, 73% do fogo no país no mês de outubro foi na região amazônica. Nesse contexto, 64% dos incêndios ocorreram em áreas de vegetação nativa – as florestas representaram 45%.
No mesmo período do ano passado, os incêndios destruíram 717 mil hectares, ou seja, houve um aumento de 7,5 vezes (ou 835%) em apenas um ano.
A diferença entre a área afetada por incêndios e a desmatada por corte de vegetação nativa alcançou o maior nível desde 2019, ano em que o monitoramento, baseado em dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), começou.
"É a maior proporção, disparada, desde que começou o monitoramento", disse Ane Alencar, diretora de ciência do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), que integra a rede do Mapbiomas.
Para Ane Alencar, diretora de Ciência do IPAM, os dados praticamente anulam os esforços pela redução do desmatamento. “O impacto das mudanças climáticas mostra que as secas severas podem gerar esse cenário de incêndios, que tomou uma proporção alarmante”, afirmou.
Cenário nacional
Em todo o Brasil, os incêndios destruíram 27,6 milhões de hectares em todo o Brasil. Desse total, 55% foi na Amazônia ou 15 milhões de hectares.
As áreas de pastagens representam 21% da área destruída pelo fogo, ou 5,7 milhões de hectares. Destes, 4,9 milhões de hectares apenas na Amazônia, um aumento de 58%.
Com informações do Portal IG