Publicado em 12/10/2020 às 09:00, Atualizado em 11/10/2020 às 21:35
Organizado por um grupo de ativistas em defesa da democracia e no combate à destruição dos biomas brasileiros, ato Stop Bolsonaro Mundial foi realizado em frente ao Congresso Nacional e ao Palácio do Planalto
Um grupo de manifestantes protestou em Brasília neste domingo, 11, contra a gestão Jair Bolsonaro e as políticas ambiental e indigenista conduzidas pelo governo federal. O ato ocorreu primeiro diante do Congresso e, na sequência, na Praça dos Três Poderes, em frente ao Palácio do Planalto.
Destacando o "Pantanal em chamas", a manifestação contra o presidente foi convocada nas redes sociais pelo movimento 'Stop Bolsonaro Mundial', em sua terceira edição. Segundo o grupo, o evento é organizado por um grupo de ativistas, formado por coletivos de "brasileiras, brasileiros e de outras nacionalidades, residentes no Brasil e no exterior". Há atos presenciais e virtuais confirmados até agora em 59 cidades, em 19 países, afirma a organização.
Os protestos neste ano fazem um "apelo" em defesa dos biomas brasileiros, dos povos originários e quilombolas, e queixam-se sobre os números de desmatamento, as queimadas e o "desmonte de políticas e órgãos de defesa ambiental" no País, disse um dos manifestantes em Brasília, Roberto Ferdinand, da coordenação nacional e internacional das marchas Mundial do Clima e por Justiça Climática.
Atualmente no foco das críticas ao programa ambiental da gestão Bolsonaro, as queimadas no Pantanal vêm registrando números preocupantes em 2020. De acordo com dados do Programa Queimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), entre 1º de janeiro e 30 de setembro, o total de pontos de fogo no Pantanal - 18.259 - já supera em 82% o total de queimadas observado ao longo de todo o ano passado no bioma (10.025).
E é o maior valor observado para o período de um ano desde o início dos registros do Inpe, em 1998. O maior valor até então era o de 2005, com 12.536 focos para 12 meses. O Palácio do Planalto não comentou o assunto.
Fonte - Estadão