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04/12/2016 às 08:29, Atualizado em 03/12/2016 às 20:31

Governo divulga dados do cadastro de imóveis rurais no País

Ao todo, 176 mil hectares dos 322 mil hectares totais da Floresta Nacional do Caxiuanã, no Pará, entraram em regime de concessão após a assinatura dos contratos.

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Medida pretende combater desmatamento no País

Arquivo/Agência Brasil

Na terça-feira (29), o Ministério do Meio Ambiente anunciou que vai divulgar os dados públicos do cadastramento ambiental dos imóveis rurais de todo o País. A intenção é adequar as ações da pasta às exigências do Código Florestal.

A medida disponibilizou um mapa do País com análise temporal e outros filtros temáticos para aperfeiçoar a análise dos dados do Cadastro Ambiental Rural (CAR) – declaração que cada proprietário tem de fazer com áreas degradadas e passíveis de recuperação dentro de suas terras.

"É um instrumento de natureza permanente, pois a situação fundiária no País é dinâmica, e as alterações que ocorrerão deverão ser registradas", afirmou o ministro Sarney Filho.

Embora a data limite seja dezembro de 2017, o cadastro já está praticamente concluído em território nacional. Atualmente, segundo o Serviço Florestal Brasileiro (SFB), mais de 3,19 milhões de imóveis rurais brasileiros estão na base de dados do CAR, com uma área total de 406 milhões de hectares.

Para acelerar o processo de recuperação da vegetação, os governos estaduais terão, agora, acesso à ferramenta de gestão da base de dados geoespaciais do cadastro e a outras informações referentes aos imóveis.

"Somos parceiros dos estados para implementar o Programa de Regularização Ambiental (PRA)", declarou o ministro.

Manejo

As ações para o setor permitirão o desenvolvimento de uma economia florestal de bases sustentáveis, conforme as metas internacionais assumidas pelo Brasil no combate à mudança do clima.

Ao todo, 176 mil hectares dos 322 mil hectares totais da Floresta Nacional do Caxiuanã, no Pará, entraram em regime de concessão após a assinatura dos contratos de manejo sustentável na unidade, a primeira desse tipo da Amazônia, criada em 1961.

A estimativa é de um faturamento de R$ 38 milhões por ano, equivalente a 6,5% do Produto Interno Bruto (PIB) de Portel (PA) e Melgaço (PA).

Os dois municípios paraenses ficam na área concedida para o manejo e apresentam um dos menores índices de desenvolvimento do País.

"É preciso dar alternativas econômicas à população", declarou Sarney Filho. "Sozinhas, as políticas de comando e controle são insuficientes", justificou.

A base de dados do CAR também vai servir de apoio para a criação de um módulo de monitoramento do Cerrado.

Quanto à Mata Atlântica, o compartilhamento dessas informações vai viabilizar o controle, monitoramento, recuperação e planejamento econômico no bioma.

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