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26/05/2022 às 07:30, Atualizado em 26/05/2022 às 11:04

Conselho da Petrobras desacelera troca do comando da estatal

O presidente Jair Bolsonaro indicou um novo presidente para a Petrobras na tentativa de conter novos reajustes nos combustíveis e evitar desgastes eleitorais para o governo.

Após longas horas de uma reunião que tomou quase toda esta quarta-feira, dia 25 de maio, o Conselho de Administração da Petrobras submeteu o governo Bolsonaro a uma derrota. Por maioria, os conselheiros decidiram frear a troca brusca anunciada para o comando da estatal.

O presidente Jair Bolsonaro indicou um novo presidente para a Petrobras na tentativa de conter novos reajustes nos combustíveis e evitar desgastes eleitorais para o governo.

O Conselho de Administração, no entanto, determinou que o nome de Caio Paes de Andrade será submetido ao processo de governança interna, ou seja, terá de tramitar no Comitê de Pessoas da Petrobras.

Paes de Andrade foi indicado ao cargo após o Ministério de Minas e Energia divulgar na última segunda-feira (23), por meio de nota oficial, a demissão do então presidente da estatal José Mauro Ferreira. O executivo permaneceu apenas 40 dias no cargo.

Paes de Andrade é o atual secretário de desburocratização do Ministério da Economia. Ele tem formação em comunicação social pela Universidade Paulista, pós-graduação em administração e gestão pela Universidade de Harvard e é mestre em administração de empresas pela Universidade Duke, nos Estados Unidos.

Os conselheiros também pediram que o governo envie os nomes dos demais indicados para ocupar assentos no conselho – a União é acionista controladora da Petrobras. Só quando esses nomes chegarem, o Conselho de Administração se reunirá para convocar a Assembleia Geral.

Entre a convocação e a realização da assembleia, segundo fato relevante divulgado pela Petrobras, será preciso aguardar um prazo de 30 dias.

Na prática, tudo isso significa que, antes de julho, o novo presidente da Petrobras não teria condições de assumir o cargo. A informação foi confirmada por um conselheiro da estatal.

Fonte - G 1

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