A Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulgou nesta sexta-feira, 30-09, uma nota em que nega qualquer tipo de vínculo do candidato do PTB à Presidência, Padre Kelmon, com a Igreja Católica.
Nos debates da TV Globo, na quinta-feira, 29, e do Estadão/Eldorado, transmitido no último dia 24 pelo SBT, em parceria com outros veículos de comunicação, Kelmon atuou como linha auxiliar do presidente Jair Bolsonaro (PL), segundo a Agência Estado.
"O senhor Kelmon Luís da Silva Souza, candidato que se apresenta como ‘padre Kelmon’, não é sacerdote da Igreja Católica Apostólica Romana, sendo, portanto, de outra confissão religiosa, sem qualquer ligação com a Igreja sob o magistério do papa Francisco", diz a CNBB. A entidade também afirma que padres da Igreja Católica não podem disputar cargos políticos e nem se filiar a partidos.
Já o arcebispo da Igreja Católica Apostólica Ortodoxa do Peru, Ángel Ernesto Morán Vidal, declarou que o candidato do PTB tem vínculos com o segmento religioso. Padre Kelmon, porém, não faz parte da Igreja Católica tradicional, ligada ao papa.
Ele virou candidato ao Palácio do Planalto após o ex-deputado Roberto Jefferson (PTB) ter sido impedido de concorrer pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Jefferson foi enquadrado na Lei da Ficha Limpa e ficou inelegível nessa disputa após ser condenado no caso do mensalão.
Em transmissão ao vivo pelas redes sociais, nesta sexta-feira, 30, Bolsonaro elogiou a atuação de Padre Kelmon no debate da TV Globo.
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