O Banco Mundial anunciou, em Washington, que a economia da América Latina e do Caribe crescerá 1,5% em 2017 e 2,5% em 2018.
A previsão vem após seis anos de desaceleração, incluindo dois de recessão, aponta o relatório elaborado pelo economista-chefe para a região, Carlos Végh.
Brasil e Argentina — que estão aos poucos saindo de um cenário de contração da economia — têm papel modesto nesse novo momento regional: devem crescer 0,7% e 3%, respectivamente.
Em previsões anteriores publicadas em janeiro, o organismo financeiro calculava que o Brasil cresceria menos em 2017 — 0,5%.
De acordo com o levantamento, os maiores percentuais de expansão econômica devem vir da América Central, do Caribe e do México.
Pobreza
Encontrar novos caminhos de crescimento é importante porque a desaceleração dos últimos anos afetou as conquistas sociais obtidas na primeira década dos anos 2000, lembra o Banco Mundial.
A desigualdade parou de cair e, atualmente, 39% dos latino-americanos correm risco de voltar para a condição de pobreza.
Antes da crise regional, a América Latina e o Caribe haviam registrado resultados importantes no combate à miséria.
Entre 2003 e 2013, a maior parte da região passou a abrigar mais pessoas de classe média do que indivíduos vivendo na pobreza. No mesmo período, o percentual de extrema pobreza caiu pela metade e chegou a 11,2% da população.
Como ser menos dependente das matérias-primas?
Para crescer mais e reduzir a pobreza, é importante que a região aumente a integração comercial com o resto do mundo e economize mais, além de apoiar o desenvolvimento do setor privado.
Segundo o organismo financeiro, isso ajudará a América Latina e o Caribe a depender menos dos preços das matérias-primas.
O relatório, lançado em meio a uma série de reuniões do Banco Mundial com o Fundo Monetário Internacional (FMI), também recomenda que países invistam em educação de qualidade, infraestrutura e eficiência dos serviços públicos.
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