Publicado em 27/11/2024 às 16:30, Atualizado em 27/11/2024 às 11:15
A Polícia Federal afirma, no relatório final da investigação sobre golpe, que a tentativa golpista de Jair Bolsonaro e aliados não foi concretizada porque a maioria do Alto Comando do Exército e os comandantes do Exército e da Aeronáutica no final de 2022 "não cederam a pressões golpistas".
Os investigadores da PF (Polícia Federal) concluíram, conforme o relatório divulgado nesta terça-feira, dia 26 de novembro, que os esforços de aliados de Jair Bolsonaro (PL) e do próprio ex-presidente para promover ataques "sistemáticos" à democracia culminaram nas invasões de 8 de janeiro de 2023 e no atentado a bomba ocorrido em novembro deste ano.
Segundo a PF, foi criado um "ambiente propício" para o florescimento do radicalismo que, conforme exposto, "culminou nos atos de 8 de janeiro de 2023, mas que ainda se encontra em estado de latência em parcela da sociedade, exemplificado no atentado a bomba ocorrido em 13 de novembro, em Brasília".
A Polícia Federal afirma, no relatório final da investigação sobre golpe, que a tentativa golpista de Jair Bolsonaro e aliados não foi concretizada porque a maioria do Alto Comando do Exército e os comandantes do Exército e da Aeronáutica no final de 2022 "não cederam a pressões golpistas".
No entanto, as ações clandestinas, organizadas e deliberadas, reforçam o caráter articulado das investidas contra as instituições democráticas.
Além disso, os desdobramentos da investigação trazem à tona a gravidade dos fatos, colocando Bolsonaro como uma figura central no esquema.
As evidências reforçam o comprometimento do grupo com uma tentativa de ruptura institucional que, segundo os investigadores, teve início ainda durante o mandato presidencial.