Publicado em 26/11/2016 às 10:01, Atualizado em 26/11/2016 às 02:32
A Pnad mostrou ainda que o ingresso de jovens que estudaram em escola pública na universidade ainda é marginal.
Enquanto o Brasil experimentou significativo crescimento na quantidade de crianças de 4 a 5 anos na escola nos últimos oito anos, o cenário não se repetiu entre adolescentes de 15 e 17 anos.
Em meio à discussão sobre a reforma do ensino médio, dados da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) divulgados nesta sexta-feira (25) mostram que o acesso a frequência escolar nesse segmento específico no país está praticamente estagnado desde 2007.
Segundo a pesquisa, 85% dos jovens de 15 a 17 anos de idade estavam na escola em 2015. Em 2007, quando houve a reforma do ensino brasileiro, com a adoção da nona série e a extinção do CA na educação básica, o percentual de crianças nessa com essa idade na escola era de 82,1%.
Essa faixa etária corresponde aos jovens que, em tese, deveriam estar no ensino médio, que é o segmento da educação formal em que há o maior nível de evasão escolar. Muitos jovens optam por trabalhar ao invés de continuar na escola.
Em 2006, o governo fez uma intervenção na educação pública. Determinou a inclusão de mais um ano no ensino fundamental obrigatório. Foi extinto o CA, que passou a ser a primeira série do fundamental. Pela Constituição, até aquele momento, apenas o ensino fundamental (antigo primário) era obrigatório.
Em 2013, outra mudança: o ensino infantil passa também a ser obrigatório. Crianças têm de ser matriculadas na escola a partir dos 4 anos de idade.
As duas medidas fizeram crescer a presença da faixa etária mais nova na escola. Em 2015, 84,3% das crianças de 4 a 5 anos estavam na escola. Esse percentual em 2007 era de 70%.
A Pnad mostrou ainda que o ingresso de jovens que estudaram em escola pública na universidade ainda é marginal. Dos jovens de mais de 25 anos que estudaram em escola pública, apenas 25,3% tinham ensino superior completo em 2015. (Com informações da Folha de São Paulo).