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22/09/2016 às 06:46, Atualizado em 22/09/2016 às 10:34

Vacina contra a Zika começará a ser testada e poderá livrar bebês da microcefalia

Mais de 330 pessoas estão infectadas com a Zika em Mato Grosso do Sul, além de 180 gestantes com o vírus.

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Foto: Noticias MS

A vacina contra o vírus da Zika pode começar a ser testada em humanos dentro de 60 dias, conforme informou o Instituto Butantan na terça-feira (20). Para o secretário de Saúde de Mato Grosso do Sul, Nelson Tavares, a iniciativa é extraordinária e poderá salvar centenas de bebês da microcefalia.

“Já são cinco casos da doença, só em Campo Grande, causadas pelo vírus da Zika. A iniciativa dos estudos é fantástica, ainda mais por se tratar de um laboratório brasileiro envolvido nas pesquisas”, afirmou.

Conforme dados do boletim epidemiológico da Coordenadoria de Controle de Vetores da Secretaria de Estado de Saúde, existem mais de 330 pessoas infectadas com a Zika em Mato Grosso do Sul, além de 180 gestantes com o vírus.

Apesar de não haver, até o momento, um comunicado oficial do Butantan sobre os testes, já se sabe que a vacina será feita a partir de um fragmento de DNA produzido sinteticamente em laboratório que codifica uma proteína do vírus da Zika despertando a resposta imunológica contra o agente viral no organismo.

De acordo com matéria publicada no portal de notícias G1, o diretor da Instituição, Jorge Kalil, afirmou, durante uma coletiva de imprensa na segunda-feira (19), que os testes clínicos da vacina são resultado de uma parceria com um instituto americano.

O diretor afirmou se tratar de “uma tecnologia absolutamente revolucionária” e que não se trata de nada infeccioso ou que cause qualquer problema para grávidas. As gestantes formam o grupo de maior risco, caso infectadas, já que o vírus pode causar microcefalia em bebês.

Representantes do Instituto Butantan devem se reunir com técnicos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e membros do Conselho Nacional de Ética em Pesquisa (Conep) ainda esta semana para discutir a aprovação dos testes clínicos.

Ainda conforme publicação do G1, o Butantan trabalha com outras iniciativas como o desenvolvimento de um soro contra a Zika e a produção de anticorpos monoclonais, ambos possuem a função de neutralizar o vírus já presente no organismo.

Há também o projeto de uma vacina de Zika com vírus inativado, na qual pesquisadores já trabalharam no processo de cultura, purificação e inativação do vírus em laboratório. Esse teste já recebeu R$ 3 milhões em investimento, montante oriundo da Autoridade de Desenvolvimento e Pesquisa Biomédica Avançada (Barda na sigla em Inglês), instituição vinculada ao Departamento de Saúde e Serviços Humanos do governo americano.

Fonte - Noticias do MS

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