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18/12/2016 às 14:32, Atualizado em 18/12/2016 às 13:24

Número de fumantes passivos cai 34,4% em cinco anos

Para o ministro da Saúde, Ricardo Barros, os números comprovam que as ações promovidas pelo governo federal tem surtido efeito.

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Em 2015, no ambiente de trabalho 8% das pessoas foi exposta ao fumo

Arquivo/USP Imagens

Na quinta-feira (15) comemorou-se cinco anos da Lei Antifumo. Nesse período, o número de fumantes passivos no trabalho teve queda de 34,4% entres os adultos nas capitais brasileiras, de acordo com a Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel).

Para o ministro da Saúde, Ricardo Barros, os números comprovam que as ações promovidas pelo governo federal tem surtido efeito.

"A redução de fumantes passivos é um grande avanço para o País. Por isso, não podemos parar de promover e articular ações para reduzirmos os malefícios causados pelo tabagismo na população", ressaltou.

Em 2011, a média era de 12,2% de pessoas expostas a fumaça de cigarros e outros produtos derivados do tabaco no trabalho. Segundo a Vigitel, o número caiu para 8% nestes ambientes.

Entre os não fumantes, a proporção de homens que se expõe ao tabagismo passivo é 12%, enquanto entre as mulheres é de 4,6%. A frequência do fumo passivo no trabalho foi maior entre os brasileiros com idades entre 25 e 64 anos.

Entre as capitais, Palmas (50,3%), Belo Horizonte (49%), Porto Velho (48,9%) e Goiânia (47,6%) apresentaram o maior percentual de queda no número de fumantes passivos dentro dos locais de trabalho.

As que apresentaram os menores percentuais foram: Florianópolis (7%), São Paulo (17,1%) e Teresina (20,5%). O estudo foi realizado com mais de 54 mil pessoas, maiores de 18 anos, nas 27 capitais em 2015.

O levantamento também apontou redução no número de fumantes passivos em casa. De acordo com a Vigitel 2015, a queda foi de 22,8% entre a população adulta das capitais brasileiras. Em 2011, o número era de 11,8%, caindo para 9,1% no atual levantamento.

A frequência de fumantes passivos no domicílio foi maior entre os jovens de 18 a 34 anos. Entre as capitais que apresentaram a maior diminuição nesse período estão: Fortaleza (52,3%), Boa Vista (51,3%) e Vitória (51.2%).

Fumante passivo

O tabagismo passivo é causa de doenças e morte. Ser fumante passivo significa inalar fumaça de cigarros (ou outros produtos derivados do tabaco) por pessoas que não fumam.

Essa fumaça se difunde no ambiente e faz com que as pessoas ao redor inalem a mesma quantidade de poluentes que os fumantes.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), em 2013, o tabagismo passivo foi a 3ª maior causa de morte evitável no mundo, perdendo apenas para o tabagismo ativo e para o consumo excessivo de álcool.

Estudos comprovam que os efeitos imediatos da poluição ambiental pela fumaça do tabaco não são apenas de curto prazo, como irritação nasal e nos olhos, dor de cabeça, irritação na garganta, vertigem, náusea, tosse e problemas respiratórios. Essa exposição também está relacionada ao aumento do risco de câncer de pulmão e de infarto.

Ações de combate ao fumo

O governo federal adotou diversas medidas para reduzir o fumo no País. Uma delas foi a política de preços mínimos, diretamente ligada à redução do consumo do cigarro em todas as faixas etárias.

Considerando que a experimentação de cigarro entre os jovens é alta e que cerca de 80% dos fumantes iniciam o hábito antes dos 18 anos, o preço é um inibidor.

Outra ação importante foi a proibição do consumo de cigarros, cigarrilhas, charutos, cachimbos e narguilés em locais de uso coletivo, públicos ou privados – mesmo que o ambiente esteja só parcialmente fechado por uma parede, divisória, teto ou até toldo. Também foram extintos os fumódromos e a publicidade passou a ser ainda mais restrita.

O Ministério da Saúde também ampliou ações de prevenção com atenção especial aos grupos mais vulneráveis (jovens, mulheres, população de menor renda e escolaridade, indígenas, quilombolas), assim como contribuiu para o fortalecimento da implementação da política de preços e de aumento de impostos dos produtos derivados do tabaco e álcool.

Houve também o fortalecimento, no Programa Saúde na Escola (PSE), das ações educativas voltadas à prevenção e à redução do uso de álcool e do tabaco.

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