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24/02/2017 às 12:01, Atualizado em 24/02/2017 às 11:25

Nova Andradina registra primeiro caso Chikungunya do ano

No estado do MS já são sete casos.

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Divulgação

Em 2 dias, Mato Grosso do Sul registrou 2 novos casos de febre chikungunya. Na segunda-feira (20), eram 5 casos confirmados no Estado e nesta quinta-feira (23), são 7. Os casos estão em Campo Grande - 4 casos -, Aquidauana - 1 -, Corumbá - 1 - e Nova Andradina, 1 caso. Até agora, já são 61 notificações e 22 ainda aguardam os resultados dos exames.

A doença tem, entre os sintomas, uma febre "súbita" maior que 38,5°C e dor intensa nas articulações. As dores, conforme explica a SES (Secretaria Estadual de Saúde) é, logo de início, intensa. Quem estiver com a doença também pode apresentar inchaços. Até o momento, conforme o Ministério da Saúde, não existe um tratamento específico para Chikungunya, como no caso da dengue. "Os sintomas são tratados com medicação para a febre (paracetamol) e as dores articulares (antiinflamatórios). Não é recomendado usar o ácido acetil salicílico (AAS) devido ao risco de hemorragia. Recomenda‐se repouso absoluto ao paciente, que deve beber líquidos em abundância", explica o Ministério.

A Febre Chikungunya é uma doença transmitida pelos mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus. "No Brasil, a circulação do vírus foi identificada pela primeira vez em 2014", lembra o Ministério da Saúde. A palavra Chikungunya significa "aqueles que se dobram" em swahili, um dos idiomas da Tanzânia, uma alusão à aparência curvada dos pacientes que foram atendidos na primeira epidemia documentada, na Tanzânia, localizada no leste da África, entre 1952 e 1953.

É possível estar contaminado com as a febre e com a dengue - também transmitida pelo Aedes - ao mesmo tempo, de acordo com o Ministério, o que deixa dúvidas na hora de identificar os sintomas. Mato Grosso do Sul já tem 1261 casos de dengue notificados.

Zika

O único caso registrado de Zika vírus no Estado - outra doença do vetor Aedes -, até o momento, está em Corumbá  -. Outros 29 casos com suspeita ainda são analisados.

Uma pesquisa divulgada na quarta-feira pela Revista Science Advances indica que o vírus apresenta sérios impactos ao sistema reprodutivo masculino. De acordo com o portal Terra, cientistas americanos chegaram a conclusão de que o agente infeccioso continua presente nos testículos mesmo após deixar a corrente sanguínea e o vírus, que afeta a testosterona e pode impactar a fertilidade dos homens. O estudo, realizado à partir de testes em ratos por cientistas da Universidade de Yale, concluiu concluíram que o zika provoca diminuição dos níveis de testosterona e atrofia dos testículos.

O vírus foi identificado pela primeira vez no Brasil em abril de 2015 e recebeu a mesma denominação do local onde foi identificado pela primeira vez em 1947: a floresta Zika, em Uganda. Os casos de microcefalia, que começaram a crescer novamente no Brasil e na América Latina em 2015 também podem ter relação com o Zika. A relação foi anunciada pelo governo brasileiro em novembro de 2015, quando o vírus foi identificado em amostras de sangue e tecidos de um bebê com microcefalia e também no líquido amniótico de duas gestantes.

Com informações do Midiamax

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