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18/06/2023 às 08:36, Atualizado em 17/06/2023 às 19:00

Com fraca procura, MS está abaixo de 50% na cobertura vacinal contra influenza

Segundo boletim da SES-MS, a meta de cobertura dos grupos prioritários é de 90%, mas MS só atingiu 45,54% até o momento

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Foto - reprodução Midiamax

A 25ª Campanha Nacional de Vacinação contra Influenza começou em 10 de abril de 2023 para grupos prioritários em todo o Brasil. Devido à baixa procura, Mato Grosso do Sul chegou a antecipar a liberação para todas as faixas etárias receberem o imunizante. Apesar dos esforços, população não adere e cobertura vacinal no Estado não chegou nem a atingir 50% de cobertura dos grupos prioritários, enquanto a meta é de 90%.

Segundo Ana Paula Rezende de Oliveira Goldfinger, coordenadora estadual de Vigilância Epidemiológica da SES-MS (Secretaria de Estado de Saúde), Mato Grosso do Sul recebeu 1.109.820 doses da vacina contra Influenza. Desse total, 694.657 foram aplicadas, o que representa uma diferença de 415.163 doses não aplicadas pela falta de procura da população.

Vacinação dos grupos prioritários

São considerados dos grupos prioritários idosos com 60 anos e mais, trabalhadores da saúde, crianças (6 meses a

O Boletim da Campanha de Vacinação Contra Influenza, desenvolvido pela Gerência Técnica de Imunização, informa que a cobertura vacinal dos grupos em Mato Grosso do Sul está em 45,54%, enquanto a porcentagem em todo o Brasil é 47,94%. A meta no Estado é 90%.

Vale ressaltar, ainda, que nenhum grupo prioritário de Mato Grosso do Sul chegou a atingir a meta ainda:

Idosos com 60 anos ou mais: 51,58%

Trabalhadores da saúde: 49,14%

Trabalhadores da saúde: 47,11%

Povos indígenas: R$ 46,79%

Gestantes: 38,82%

Puérperas: 37,01%

Crianças de 6 meses a 6 anos: 35,54%

Municípios com maior e menor cobertura vacinal

Dos municípios de Mato Grosso do Sul com maior cobertura vacinal na campanha de combate à influenza 2023, Antônio João lidera o ranking e ultrapassou a meta com 115,82% de cobertura, seguido do município de Eldorado (112,94%), Glória de Dourados (98,99%) e Porto Murtinho (98,91%).

Em contrapartida, Aral Moreira é a cidade com a menor cobertura vacinal de todo o Estado com apenas 3,16%. Japorã atingiu apenas 21,05%, enquanto Anastácio está em 27,73%.

Cidades mais populosas de MS

Campo Grande recebeu 238.610 doses da vacina e aplicou 94.083 até o momento, o que representa 37,94% da cobertura vacinal dos grupos prioritários da Capital. Valor está abaixo da metade da meta de 90%.

Dourados, a segunda cidade mais populosa do Estado, recebeu 83.410 doses e aplicou 34.093. A cobertura dos públicos prioritários é de 41,08% no município, enquanto em Três Lagoas é de 55,83%.

Diante disso, os profissionais de saúde reforçam a importância da vacinação, principalmente porque a Influenza faz vítimas fatais todas as semanas em Mato Grosso do Sul. Com a chegada do inverno, a circulação do vírus aumenta.

Mato Grosso do Sul registra 43 mortes por Influenza

O inverno começa oficialmente em 21 de junho, mas as baixas temperaturas já chegaram com tudo a Mato Grosso do Sul. Uma vez que a estação é propícia para a proliferação de doenças, alguns cuidados são fundamentais para a preservação da saúde, especialmente num Estado onde se registra óbitos por influenza toda semana.

Mato Grosso do Sul chegou a 43 óbitos por Influenza do início de 2023 até o momento. Desse total, 23 mortes foram ocasionadas por H1N1, 2 por influenza A não subtipada e 18 por Influenza B. Assim, Estado contabiliza 4.019 casos notificados de SRAG hospitalizados e 363 confirmados para Influenza, segundo dados do Boletim Epidemiológico divulgado pela SES-MS (Secretaria de Estado de Saúde) na quarta-feira (14).

Segundo a médica infectologista Mariana Croda, trata-se de um momento de alta circulação de vírus. “Nos adultos principalmente o vírus da influenza e ainda muito Covid. No boletim tem óbitos por influenza toda semana, então isso é muito preocupante numa cobertura vacinal por influenza tão baixa como está a do Mato Grosso do Sul. Então as pessoas não estão se atentando para isso. O melhor método de prevenção continua sendo a vacina”, pontua a especialista.

Segundo a médica, pessoas com comorbidades ou grupos de risco – como imunodeprimidos, idosos ou pessoas com doenças crônicas – devem utilizar máscaras quando saírem de casa, não conseguirem fazer o distanciamento social adequado ou em locais fechados. Além disso, todas as pessoas devem ficar atentas caso surjam sintomas de gripe.

“O mais importante que as pessoas esquecem é que pessoas sintomáticas, com nariz escorrendo, tosse, febre, gripe, devem utilizar as máscaras para sair e evitar a contaminação de outras pessoas”, pontua a infectologista.

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